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Inselberg Pedra da Galinha
Quixadá -
CE , Lat.:
-4.986441612 Long.:
-39.072174072
Última alteração: 30/09/2022 15:20:13
Última alteração: 30/09/2022 15:20:13
Status: Em análise
Geossitio de Relevância Internacional
Valor Científico:
310
Valor Educativo:
335 (Relevância Nacional)
Valor Turístico:
330 (Relevância Nacional)
Risco de Degradação:
185 (Risco Baixo)
Identificação
Designação
Nome do Sítio: | Inselberg Pedra da Galinha |
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Título Representativo: | Geomorfotipo de inselbergs de fraturamento do campo de inselbergs de Quixadá e Quixeramobim: o maior e mais diversificado campo de inselbergs em granitoides ediacaranos do mundo |
Classificação temática principal: | Geomorfologia |
Classificação temática secundária: | Plutonismo |
Registro SIGEP (Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos) com o Nº : | Não |
Sítio pertence a um geoparque ou proposta de geoparque: | Sim (Sertão/Vale Monumental - CE ) |
Localização
Latitude: | -4.986441612 |
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Longitude: | -39.072174072 |
Datum: | SIRGAS2000 |
Cota: | 380 m |
Estado: | CE |
Município: | Quixadá |
Distrito: | Sede |
Local: | Açude Cedro |
Ponto de apoio mais próximo: | Restaurantes (parede do Açude Cedro) 1,5km; Centro de Quixadá (hoteis, agências bancárias, restaurantes e postos de combustível) 5km. |
Ponto de referência rodoviária: | A Av. José de Freitas Queiroz (Quixadá), local onde estão localizados os campus da UFC e IFCE, dá acesso ao Açude Cedro. |
Acesso: | O trajeto até o Açude Cedro é sinalizado a partir do centro de Quixadá. A partir do Açude Cedro percorre-se uma trilha de aproximadamente 1,5 km até a Pedra da Galinha. |
Imagem de identificação
Resumo
Resumo |
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Inselbergs em regiões semiáridas são relevos residuais que coletivamente representam importantes marcadores da história evolutiva da terra e suas mudanças ambientais ao longo da escala de tempo geológico, estando muitas vezes, associados a valores estéticos consideráveis (MIGON, 2021) e frequentemente utilizados no geoturismo. A Pedra da Galinha é uma geoforma que se assemelha a uma galinha, esculpida em rochas do Batólito Quixadá, localmente constituído por granodioritos porfiríticos. É utilizado como “geomorfotipo” na descrição de inselbergs onde predominam feições de faturamento (Inselbergs do Tipo II), por Maia et al. (2015). E também utilizado como referência em outros trabalhos como: Maia et al., (2018), Maia e Migon, (2021) e Olímpio et al. (2021). É símbolo do campo de Inselbergs de Quixadá e Quixeramobim, o maior e mais diversificado campo de inselbergs em granitoides ediacaranos do mundo. Também estão presentes neste sítio, importantes feições da paisagem que ajudam a contar a história geológica como: diques sin-plutônicos no corpo rochoso (resultado do preenchimento de espaços gerados na rotação do corpo granítico ainda no estado plástico), como também, a história geológica e geomorfológica mais recente, contada pelo colapso de blocos no talude, formando cavernas de tálus como a gruta da igreja, dentre outras. É um dos locais mais conhecidos e visitados no sertão central cearence, tratando-se de um monumento geológico de beleza singular e, juntamente com a pedra da baleia (Quixeramobim), são símbolos dessa região (Freitas e Brandão, 2011). A Pedra da Galinha está nas margens do histórico Açude do Cedro, que foi a primeira grande obra de mitigação aos efeitos da seca da região semiárida do nordeste brasileiro. O projeto do açude foi iniciado no período do império, em 1882, a mando de Dom Pedro II, mas a execução da obra só ocorreu depois de proclamação da República, com sua conclusão em 1906. Por conta da sua importância histórica e beleza natural do entorno, o açude foi tombado pelo IPHAN em 1977. |
Abstract |
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Inselbergs in semi-arid regions are relevant that collectively represent markers of the evolutionary history of the earth and its environmental changes over the geological time scale, often associated with considered aesthetic values (MIGON, 2021) and often used in geotourism. The Pedra da Galinha is a geoform similar to a chicken, carved rocks from the Quixadá Batholith, locally constituted by porphyritic granodiorites. It is used as “geomorphotype” in the description of inselbergs where billing features predominate (Type II Inselbergs), by Maia et al. (2015). It is also used as a reference in other works such as: Maia et al. (2018), Maia and Migon, (2021) and Olímpio et al. (2021). It is a symbol of the Quixadá and Quixeramobim Inselbergs field, the largest and most diversified field of ediacaran granite inselbergs in the world. Also site, important features of the landscape that help the story tell the story of the granitic site, as well as the geological history, as well as the geological history of the present. and more recent geomorphology, told by the collection of blocks on the slope, forming talus caves such as the church grotto, among others. It is a singular beauty in one of the most known and visited places in Ceará state, being one of the geological places, they are best known and visited with whale stone (Quixeramobim), symbols of this region (Freitas and Brandão, 2021). The Pedra da Galinha is on the banks of the historic Açude do Cedro, which was the first major work to mitigate the effects of drought in the semi-arid region of northeastern Brazil. The dam project was started in the period of the empire, in 1882, at the behest of Dom Pedro II, but the execution of the work only took place after the proclamation of the Republic, with its conclusion in 1906. Due to its historical importance and natural beauty around, the weir was listed by IPHAN in 1977. |
Autores e coautores |
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Luís Carlos Bastos Freitas (Responsável pela proposição do sítio no inventario do Patrimônio Geológico do Sertão Monumental, descrição das Interpretações e Evolução do Conhecimento: Evolução Geológica e Geomorfológica e pela avaliação qualitativa do sítio) Serviço Geológico do Brasil – SBG/CPRM Rogério Valença Ferreira (Responsável pela proposição do sítio no inventario do Patrimônio Geológico do Sertão Monumental e mapeamento Geomorfológico) Serviço Geológico do Brasil – SBG/CPRM Rúbson Pinheiro Maia (Responsável pela proposição do sítio no inventario do Patrimônio Geológico do Sertão Monumental e classificação tipológica dos inselbergs) Universidade Federal do Ceará – UFC Felipe Antônio Dantas Monteiro (Responsável pela proposição do sítio no inventario do Patrimônio Geológico do Sertão Monumental) Instituto Federal do Ceará – IFCE/Quixadá |
Contexto
Geológico
Enquadramento Geológico Geral: |
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Unidade do Tempo Geológico (Eon, Era ou Período): |
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Neoproterozóico |
Ambiente Dominante: |
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Tipo de Unidade: | Unidade Litodêmica |
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Nome: | Suíte Quixadá |
Outros: | Granodioritos e Sienitos |
Rocha Predominante: | Monzonito |
Rocha Subordinada: | Diorito |
Tipo e dimensões do afloramento, contato, espessura, outras informações descritivas do sítio. : | A Pedra da Galinha é uma geoforma que se assemelha a uma galinha, esculpida em um inselberg com altitude máxima de 400m, onde predominam feições de fraturamento no corpo rochoso e de colapso de blocos no talude (Inselbergue do Tipo II, MAIA et al., 2015). É um geossítio do tipo área, englobando o contexto paisagístico natural do entorno do inselberg Pedra da Galinha, incluindo outras geoformas de menor interesse científico (como a Pedra do ET, Pedra Faladeira, Pedra da Tartaruga e a Gruta da Igreja) e da paisagem modificada, incluindo o complexo histórico/cultural e turístico do Açude Cedro. Perfazendo uma área de aproximadamente 2000m2. Totalmente inserida no Monumento Natural dos Monólitos de Quixadá e parcialmente inserida na área de tombamento do açude cedro. |
Paleontológico
Local de ocorrência |
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Ramos da Paleontologia: |
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Taxons conhecidos: |
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Caracterização Geológica
Rochas Sedimentares
Ambientes Sedimentares: |
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Ambientes: |
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Tipos de Ambientes: |
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Descontinuidades Estratigráficas: |
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Rochas Ígneas
Categoria: | Plutônica - Batólito |
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Aspectos Texturais: |
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Estruturas: |
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Rochas Metamórficas
Metamorfismo: |
Facie Metamorfismo: |
Texturas: |
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Estruturas: |
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Deformação das Rochas
Tipo de Deformação: |
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Regime Tectônico: |
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Estruturas Lineares: |
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Estruturas Planas: |
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Feições de Relevo
FR1c - Rampas de colúvio | |
FR1e - Rampas de Tálus (cones de dejeção) | |
FR6b - Inselbergs | |
FR12n - Abrigo sob rocha |
Ilustração
Anfiteatro erosional de Quixadá (Pontilhado representa o contato entre o batólito granítico e o embasamento... |
Interesse
Dados
Pelo Conteúdo |
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Interesse associado |
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Pela sua possível utilização |
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Observações
Observações Gerais |
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O campo de Inselbergs de Quixadá é uma proposta aprovada pela Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos – SIGEP, mas que não chegou a ser formalmente descrita. Os estudos sobre os relevos graníticos na região do Sertão Central cearense avançaram na última década com trabalhos como Maia et al. (2015), Maia et al. (2018) Freitas et al. (2019) e Freitas et al. (2021) sendo possível dizer que o campo de inselbergs de Quixadá e Quixeramobim constituem o maior e mais diversificado campo de inselbergues em granitóides ediacaranos do mundo (diversidade química de rochas e diversidade de geoformas em menor escala). Embora os mundialmente conhecidos inselbergs da Namíbia (Erongo, Spitzkoppe, Mirabib, Gobabeb, Vogelfederberg e Rössing Mountain) estejam distribuídos em uma área que talvez exceda os 140km de extensão (MIGON e GOUDIE, 2000), tratam-se de corpos isolados, sem continuidade e quantidade comparáveis aos de Quixadá e Quixeramobim, sendo por vezes, corpos com a dimensão de stocks graníticos e com contextos geológicos variados (de granitoides paleoproterozoicos a cretácicos). Embora careça de estudos comparativos mais detalhados, é possível afirmar que estes inselbergs não constituem Campos de Inselbergs [concentração de inselbergs de mesmo contexto geológico (idade e tipo de rocha)]. INTERPRETAÇÕES E EVOLUÇÃO DO CONHECIMENTO: Na Província Borborema, um extenso mostruário da evolução proterozoica do Gondwana Ocidental, dois importantes corpos graníticos (batólitos Quixadá e Quixeramobim) com ascensão controlada pela Zona de Cisalhamento de Senador Pompeu, que é um importante marcador da reconstrução pré-deriva do Gondwana (Ávila et al, 2019), são responsáveis pela elaboração do maior e mais diversificado campo de inselbergs em rochas graníticas ediacaranas do mundo, com mais de 120 inselbergs distribuídos em 90km de extensão. Dentro dos dois batólitos, a intensa mistura de magmas foi responsável por gerar uma grande diversidade litogeoquímica (Almeida, 1995) variando desde litotipos mais ácidos a mais básicos em diversas escalas, com destaque para a série alcalina de alto potássio. Sete fácies graníticas são conhecidas (Almeida et al, 2007). Esta variedade química de rochas responde diretamente as variações climáticas no quaternário, gerando uma grande variedade de erosões diferenciais, com destaque para a erosão diferencial entre os granitoides e a encaixante (litotipos orto e paraderivados arqueanos e paleoproterozóicos) gerando uma grande variedade de tipologias de inselbergs que Maia et al, (2015) individualizou em inselbergs do tipo I (Dissolução), II (Fraturamento) e III (Dômicos). Como também, a resposta do intemperismo a diferenciação litogeoquimica dentro dos corpos graníticos, gerando uma grande variedade de feições geomorfológicas de menor escala (dentre elas: Tafoni, gnammas, bolders, flared slops, raros arcos graníticos e raras cavernas em granitos, etc...), feições muito bem retratadas em Quixadá por Maia et al., (2015), Maia et al 2018 e em Quixeramobim por Freitas et al (2019) e Freitas et al (2021). Além disso, alguns autores têm associado parte da esculturação dessas geoformas ao modelo de etchplanação (Maia et al., 2015; 2018). CONTEXTO GEOLÓGICO REGIONAL E LOCAL: A Província Borborema (ALMEIDA et al., 1981) foi construída durante a orogenia Brasiliano/Pan-Africana, como resultado da convergência e colisão final dos Crátons São Luís–África Ocidental e São Francisco-Congo, em um contexto da fusão do Gondwana Ocidental (ARTHOUD et al, 2008). Possuindo um dos maiores e mais bem expostos sistemas de zonas de cisalhamento intracontinentais do mundo, com mais de 250.000 km2 (NEVES et al., 2021). Esta província é subdividida em nove domínios tectono estruturais (PINÉO et al., 2020), dos quais merece destaque aqui o Domínio Ceará Central (DCC), onde estão os batólitos Quixadá e Quixeramobim. Este domínio é limitado por duas grandes estruturas, o lineamento transbrasiliano (a oeste) e a Zona de Cizalhamento de Senador Pompeu (ZCSP, a leste). Em uma reconstrução pré-deriva a província está correlacionada com os cinturões pan-africanos da África Ocidental, com os Lineamentos Senador Pompeu e Transbrasiliano sendo conectados aos lineamentos Ilesha-Ifewara (Ile-Ife) e Kandi, respectivamente (Archanjo et al., 2013). Nesta reconstrução pré-deriva do Gondwana, o ZCSP é aproximadamente contínua com a zona de cisalhamento Ilesha-Ifewara do sudoeste da Nigéria (ARCHANJO et al., 2013; CABY & BOESSÉ, 2001), demonstrando um importante papel desta zona na montagem Neoproterozóica de Gondwana (ÁVILA et al., 2019). Os inselbergs da área de estudo ocorrem em dois corpos plutônicos pertencentes à Suíte Intrusiva Itaporanga (PINÉO et al., 2020), uma unidade geológica que engloba vários corpos graníticos neoproterozoicos do estado do Ceará. O primeiro é o Plúton Quixadá (Suíte Quixadá de ALMEIDA et al., 2007) que é constituído por uma suíte monzonítica, composta por dioritos, monzonitos (dominantes) e sienitos, todos porfiríticos, com megacristais de plagioclásio e feldspatos potássicos imersos em uma matriz de cor preta esverdeada de granulação média a grossa, composta essencialmente por anfibólios e biotitas (ALMEIDA, 1995), com idades entre 560 a 585 Ma. Neste plúton, parece não haver a participação de magmas crustais (ALMEIDA et al., 2007; ALMEIDA; ULBRICH; MCREATH, 1999) e, possivelmente, com contribuição mantélica (NOGUEIRA, 2004). Mais ao sul, ocorre o batólito Quixeramobim (Supersuíte rio Quixeramobim de ALMEIDA et al., 2007; PARENTE et al., 2008) que é formado por monzonitos, quartzo monzonitos e granitos porfiríticos com 587 Ma (PINÉO et al., 2020). A maior complexidade desse corpo levou a proposição da elevação à supersuíte sendo constituído, segundo Almeida et al. (2007), por seis grandes suítes: Muxuré Novo, Muxuré Velho, Água Doce, Serra Branca, Uruquê e Boa Fé, ocorrendo ainda os Mobilizados Tardios e Uruquê Transicional Muxuré Novo (variações laterais das suítes Uruquê e Muxuré Novo). As suítes Muxuré Novo, Serra Branca e Boa Fé são séries cálcio-alcalina de médio potássio, compostas por quartzo-dioritos, tonalitos, granodioritos (dominantes) e monzogranitos biotita e anfibólio. Elas são diferenciadas por seu padrão textural porfirítico, com a Serra Branca apresentando fenocristais de feldspatos variando de 6 a 20 cm; a Muxuré Novo com fenocristais variando de 6 a 2 cm, e; a Boa Fé exibindo fenocristais aproximadamente equidimensionais em torno de 2,5 cm (ALMEIDA, 1995). Os corpos Quixadá e Quixeramobim estão orientados no sentido NE/SW, o que denuncia os esforços distensivos associados às zonas de cisalhamento de Senador Pompeu (ZCSP) e Quixeramobim (ZCQ) no alojamento dos plútons. Segundo Almeida (1995), o Batólito Quixeramobim ascendeu por meio de fraturas distencionais geradas durante o movimento sinistral da ZCSP. Posteriormente, uma inversão dos movimentos da ZCSP foi responsável pela abertura de fraturas distencionais, por onde ascenderam os magmas Quixadá. Além disso, a ocorrência universal de enclaves microgranulares e diques sin-plutônicos descontínuos sugere que o mecanismo de mistura de magmas foi de primordial importância para geração destes corpos (ALMEIDA et al., 2007; ALMEIDA; ULBRICH; MCREATH, 1999). EVOLUÇÃO GEOMORFOLÓGICA: Segundo Dantas et al. (2014), as condições de denudação e esculturação do relevo no noroeste da Borborema, sob clima semiárido ao longo do Cenozoico, exibem um modelo de evolução do relevo muito similar ao preconizado por King (1953; 1956), onde se destacam processos de recuo lateral das vertentes, sendo estas demarcadas por escarpas erosivas e elaboração de pedimentos detríticos e pediplanos, além de feições residuais constituídas, invariavelmente, por rochas mais resistentes ao intemperismo e à erosão. A superfície sertaneja, no estado do Ceará, mostra uma incipiente dissecação quaternária, marcada pela ligeira incisão fluvial e pela topografia muito suavemente ondulada das vastas áreas pediplanadas. Todavia, estas superfícies aplainadas encontram-se pontilhadas de montes rochosos isolados (maciços residuais e inselbergs) que se configuram em relevos residuais elaborados em rochas mais resistentes ao intemperismo e erosão que resistiram aos processos de aplainamento generalizado (DANTAS et al., 2014). Neste cenário, destacam-se na paisagem monótona das superfícies aplainadas, diversos inselbergs isolados e/ou agrupados em campos, sendo os do Sertão Monumental (Quixadá e Quixeramobim) os mais representativos (FREITAS et al., 2019). O trabalho pioneiro na classificação morfológica destes inselbergs foi realizado por Maia et al. (2015), que propuseram três tipos de inselbergs para a região de Quixadá, a partir de critérios morfogenéticos associados aos padrões mineralógicos, petrográficos, estruturais e suas relações com os processos intempéricos, posteriormente, essa classificação foi estendida aos inselbergs de Quixeramobim por Freitas et al. (2019) e Freitas et al. (2021). O grupo I de inselbergs é caracterizado por maciços com predomínio de microformas de dissolução, tais como bacias de dissolução, vasques, gnammas, caneluras e tafoni. Essas feições são esculpidas pelo ataque intempérico sobre a superfície rochosa (BREMER; SANDER, 2000). No campo de Inselbergs de Quixadá e Quixeramobim, a dissolução é mais pronunciada nos fenocristais e nos enclaves máficos de biotita, mais suscetíveis à solubilização do que a rocha circundante (Olímpio et al., 2021). A partir desses pontos, a meteorização é mais intensa, ocasionando a formação de bacias de dissolução que podem se interligar através de uma rede de caneluras (Olímpio et al., 2021). Nessa tipologia, os fraturamentos e escamações são menos desenvolvidas (MAIA et al., 2018). O segundo grupo de inselbergs é composto pelos inselbergs com maior densidade de fraturamentos, sendo o seu “geomorfotipo” a Pedra da Galinha. As fraturas estão relacionadas à ocorrência de diques, oriundos da cristalização de magmas em rochas anteriormente cristalizadas. As diferenças de composições entre a rocha hospedeira, os diques e as condições físicas de cristalização produzem descontinuidades litológicas e a predisposição ao ataque mecânico do intemperismo. A morfologia desses inselbergs é caótica e os padrões de concavidade e convexidade são menos aparentes (Olímpio et al., 2021), uma vez que a rede de fraturamentos favorece o desprendimento de blocos de rocha, assim como, a ação intempérica nas descontinuidades litológicas. Nesses casos, os blocos rochosos estão depositados nos sopés dos inselbergs, juntamente com as frações mais finas, formando depósitos de tálus, caos de blocos ou solos pouco desenvolvidos. Eventualmente, os blocos desprendidos podem originar tafoni de colapso e abrigos naturais como a gruta da igreja. Portanto, indicam a sucessão dos padrões morfoclimáticos mais úmidos para mais secos. No terceiro grupo estão os inselbergs maciços. O relevo é dômico, caracterizado por vertentes escarpadas que limitam o desenvolvimento pedológico e apresentam a maior altura relativa (aproximadamente 400 metros). Neles as feições de dissolução e fraturamento são menos frequentes. Estão localizados, principalmente, na unidade geológica Juatama que corresponde a um cinturão de rochas migmatíticas (diatexitos e metatexitos) presente entre os corpos de Quixadá e Quixeramobim (ALMEIDA et al., 2007). Essas rochas foram afetadas pelo metamorfismo de contato durante a intrusão dos corpos graníticos e não mostram uma foliação metamórfica clara (MAIA et al., 2015; MIGOŃ; MAIA, 2020). Também estão presentes de forma mais discreta, em suítes graníticas do Batólito Quixeramobim, como na suíte Moxuré Novo (Geossítio Lagoa do Fofô). Essa classe contém típicos bornhardts, os quais são caracterizados por colinas, desnudas, dômicas, de lados íngremes com superfícies substanciais de rocha exposta (BORNHARDT, 1900; HOWARD; SELBY, 2009; TWIDALE, 1995; WILLIS, 1934). Os bornhardts são encontrados em diversos contextos climáticos e em uma variedade de litologias, mas são mais desenvolvidos quando esculpidos em rochas graníticas e em climas semiáridos e de savana. Howard e Selby (2009) destacam que são feições abundantes em paisagens úmidas, subúmidas e áridas dos Crátons do Gondwana onde são comuns grandes intrusões de rochas graníticas. O AÇUDE CEDRO: Segundo o Iphan, a Barragem do Cedro, com sua parede em arco de alvenaria de pedra, foi a primeira grande obra hidráulica moderna do continente sul-americano. Ela incorporou o avançado progresso científico, tecnológico e do cálculo aplicado à engenharia civil à época. Projetada pelo engenheiro britânico J. J. Rèvy e construída por expoentes da nascente engenharia brasileira de formação politécnica, a barragem afirma-se como um exemplar excepcional do período entre a segunda metade do século XIX e início do XX. É uma das pioneiras obras do seu tipo e do seu porte no mundo. Para além de sua funcionalidade de represamento d’água para irrigação, sua implantação, seu desenho e seu esmero de execução resultaram numa paisagem de beleza ímpar, combinando arrojo e elegância, monumentalidade e singeleza, em uma simbiose entre o engenho humano e a obra da natureza que anima o espírito. A paisagem formada pelos monólitos e pela Barragem do Cedro em Quixadá representa a síntese da Caatinga - bioma de clima semiárido endêmico do Brasil - e a luta do colonizador para ocupar e transformar, a partir do século XVII, esse local marcado por intensas estiagens. O açude (projetado e construído entre 1882 e 1906) iniciou uma política sistemática e bastante exitosa de represamento de águas superficiais e de interligação de bacias ao longo de mais de um século por toda a região, alterando a sua percepção quanto às possibilidades reais de ocupação e de sobrevivência em meio tão hostil à vida humana, devido à sistemática escassez de água. Isso possibilitou que a Caatinga seja, atualmente, a zona semiárida mais densamente povoada do planeta, com relativa segurança hídrica. MONUMENTO NATURAL OS MONÓLITOS DE QUIXADÁ: Ecossistema: Caatinga Grupo da Unidade de Conservação: Proteção Integral Área: 28.759,56 hectares Diploma Legal de Criação: Decreto N.º 26.805, de 25 de outubro de 2002. Os monólitos estão concentrados em mais de cinquenta elevações, conferindo à área um aspecto único no Brasil. Os Monólitos de Quixadá fazem parte da Associação Mundial de Montanhas Famosas (World Famous Mountains Association – WFMA). WORLD FAMOUS MOUNTAINS ASSOCIATION - WFMA: Em 2010, a região se tornou o mais novo membro da Associação Internacional das Montanhas Famosas (World Famous Mountains Association - WFMA) que tem como objetivos fortalecer e aprofundar a comunicação, intercâmbio e cooperação entre montanhas famosas do mundo, promover o turismo e proteção ambiental entre os cinco continentes (COSTA E SILVA, 2012). |
Bibliografia |
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Imagens Representativas e Dados Gráficos
Conservação
Unidade de Conservação
Nome da UC | Tipo da UC | Unidade de Conservação | Situação da Uc |
---|---|---|---|
Monumento Natural dos Monólitos de Quixadá (Privado) | UC de Proteção Integral | Monumento Natural |
|
Proteção Indireta
Relatar: | |
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Uso e Ocupação
Propriedade do Terreno | ||||
---|---|---|---|---|
Privado |
Area Rural |
---|
|
Area Urbana |
---|
|
Fragilidade |
---|
Razoável |
Dificuldade de Acesso e aproveitamento do solo: |
---|
Quantificação
Valor Científico (indicativo do valor do conteúdo geocientífico do sítio ou do elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
---|---|---|---|
A1 - Representatividade | 30 | O local ou elemento de interesse é o melhor exemplo, atualmente conhecido, na área de trabalho, para ilustrar elementos ou processos, relacionados com a área temática em questão (quando aplicável) | 4 |
A3 - Reconhecimento científico | 5 | É um sítio já aprovado pela SIGEP e/ou existem artigos sobre o local de interesse em livro, em revistas científicas internacionais... | 4 |
A4 - Integridade | 15 | Os principais elementos geológicos (relacionados com a categoria temática em questão, quando aplicável) estão muito bem preservados | 4 |
A5 - Diversidade geológica | 5 | Local de interesse com 3 ou 4 tipos diferentes de aspectos geológicos com relevância científica | 2 |
A6 - Raridade | 15 | O local de interesse é a única ocorrência deste tipo na área de estudo (representando a categoria temática em questão, quando aplicável) | 4 |
A7 - Limitações ao uso | 10 | Não existem limitações (necessidade de autorização, barreiras físicas, etc.) para realizar amostragem ou trabalho de campo | 4 |
A2 - Local-tipo | 20 | Não se aplica. | 0 |
Valor Científico | 310 |
Risco de Degradação (dos valores geológicos retratados no sítio ou no elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
---|---|---|---|
B1 - Deterioração de elementos geológicos | 35 | Possibilidade de deterioração dos elementos geológicos secundários | 2 |
B2 - Proximidade a áreas/atividades com potencial para causar degradação | 20 | Local de interesse situado a mais de 1000 m de área/atividade com potencial para causar degradação | 1 |
B3 - Proteção legal | 20 | Local de interesse situado numa área com proteção legal, mas sem controle de acesso | 2 |
B4 - Acessibilidade | 15 | Local de interesse localizado a menos de 500 m de uma estrada asfaltada | 3 |
B5 - Densidade populacional | 10 | Local de interesse localizado num município com menos de 100 habitantes por km2 | 1 |
Risco de Degradação | 185 |
Potencial Valor Educativo e Turístico (indicativo de interesse educativo e turístico associado ao valor científico do sítio, sujeito à análise complementar dos setores competentes)
Ítem | P.E | P.T | Resposta | Valor |
---|---|---|---|---|
C1 - Vulnerabilidade | 10 | 10 | Possibilidade de deterioração de elementos geológicos secundários por atividade antrópica | 3 |
C2 - Acesso rodoviário | 10 | 10 | Local de interesse localizado a menos de 500 m de uma estrada asfaltada | 3 |
C3 - Caracterização do acesso ao sítio | 5 | 5 | O local de interesse é acessado sem limitações por estudantes e turistas | 4 |
C4 - Segurança | 10 | 10 | Local de interesse sem infraestrutura de segurança (vedações, escadas, corrimões, etc.) mas com rede de comunicações móveis e situado a menos de 50 km de serviços de socorro | 2 |
C5 - Logística | 5 | 5 | Existem restaurantes e alojamentos para grupos de 50 pessoas a menos de 15 km do local de interesse | 4 |
C6 - Densidade populacional | 5 | 5 | Local de interesse localizado num município com menos de 100 habitantes por km2 | 1 |
C7 - Associação com outros valores | 5 | 5 | Existem diversos valores ecológicos e culturais a menos de 10 km do local de interesse | 4 |
C8 - Beleza cênica | 5 | 15 | Local de interesse habitualmente usado em campanhas turísticas do país, mostrando aspectos geológicos | 4 |
C9 - Singularidade | 5 | 10 | Ocorrência de aspectos únicos e raros no país | 4 |
C10 - Condições de observação | 10 | 5 | A observação de todos os elementos geológicos é feita em boas condições | 4 |
C11 - Potencial didático | 20 | 0 | Ocorrência de elementos geológicos que são ensinados em todos os níveis de ensino | 4 |
C12 - Diversidade geológica | 10 | 0 | Ocorrem 3 ou 4 tipos de elementos da geodiversidade | 3 |
C13 - Potencial para divulgação | 0 | 10 | Ocorrência de elementos geológicos que são evidentes e perceptíveis para todos os tipos de público | 4 |
C14 - Nível econômico | 0 | 5 | Local de interesse localizado num município com IDH inferior ao se verifica no estado | 1 |
C15 - Proximidade a zonas recreativas | 0 | 5 | Local de interesse localizado a menos de 5 km de uma zona recreativa ou com atrações turísticas | 4 |
Valor Educativo | 335 | |||
Valor Turístico | 330 |
Classificação do sítio
Relevância: | Geossítio de relevância Internacional |
---|
Valor Científico: | 310 |
---|---|
Valor Educativo: | 335 (Relevância Nacional) |
Valor Turístico: | 330 (Relevância Nacional) |
Risco de Degradação: | 185 (Risco Baixo) |
Recomendação
Urgência à Proteção global: | Necessário a médio prazo |
---|---|
Urgência à Proteção devido a atividades didáticas: | Necessário a médio prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades turísticas: | Necessário a médio prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades científicas: | Necessário a médio prazo |
Unidade de Conservação Recomendado: | Não se aplica - |
Justificativa: |
Coordenadas do polígono de proteção existente ou sugerido
Ponto 1: | Latitude: -4.986443030403178 e Longitude: -39.068844616413124 |
---|---|
Ponto 2: | Latitude: -4.98358926664595 e Longitude: -39.07198011875153 |
Ponto 3: | Latitude: -4.986913312379096 e Longitude: -39.07553672790528 |
Ponto 4: | Latitude: -4.989927384317222 e Longitude: -39.072661399841316 |
Justificativas e explicações sobre a delimitação sugerida para o sítio: |
---|
|
Responsável
Nome: | Luis Carlos Freitas |
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Email: | luis.freitas@cprm.gov.br |
Profissão: | Geologo |
Instituição: | SGB-CPRM - Serviço Geológico do Brasil |
Currículo Lattes: | http://lattes.cnpq.br/0311879501481686 |