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Gruta do Limoeiro
Castelo -
ES , Lat.:
-20.483785629 Long.:
-41.172561646
Última alteração: 30/05/2021 19:57:08
Última alteração: 30/05/2021 19:57:08
Status: Consistido
Geossitio de Relevância Nacional
Valor Científico:
225
Valor Educativo:
315 (Relevância Nacional)
Valor Turístico:
270 (Relevância Nacional)
Risco de Degradação:
130 (Risco Baixo)
Identificação
Designação
Nome do Sítio: | Gruta do Limoeiro |
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Título Representativo: | A maior caverna capixaba |
Classificação temática principal: | Espeleologia |
Classificação temática secundária: | |
Registro SIGEP (Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos) com o Nº : | Não |
Sítio pertence a um geoparque ou proposta de geoparque: | Não |
Localização
Latitude: | -20.483785629 |
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Longitude: | -41.172561646 |
Datum: | SIRGAS2000 |
Cota: | 506 m m |
Estado: | ES |
Município: | Castelo |
Distrito: | Limoeiro |
Local: | Zona Rural - Fazenda do Limoeiro |
Ponto de apoio mais próximo: | Centro de Visitantes |
Ponto de referência rodoviária: | Castelo |
Acesso: | Rodovia asfaltada ES-166, sentido Venda Nova do Imigrante, após 14,5 km, por rodovia não-pavimentada à esquerda (360 m) e trilha leve e fácil (125 m) |
Imagem de identificação
Resumo
Resumo |
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A Gruta do Limoeiro (GL) está situada no município de Castelo, sul do estado do Espírito Santo (ES), a aproximadamente 135 km da cidade de Vitória e a 15 km da cidade de Castelo. Tombada como Monumento Natural Estadual em 1984 e Monumento Natural Municipal em 1989, ocupa área não delimitada oficialmente abrangendo “seu entorno, que compreende todo o morro onde está inserido o referido bem natural” e desde a inauguração do seu Centro de Visitantes em 2012, em parceria entre os governos estadual e municipal, é administrada por associação turística privada que agenda visitas e realiza a condução de visitantes. Está inserida na Região Turística Montanhas Capixabas com forte influência de tradições culturais alemãs, italianas, austríacas, pomeranas e polonesas, intenso agroturismo e numerosos atrativos naturais (serras e cachoeiras). A GL é o mais importante sítio arqueológico da pré-história no ES com evidências de habitação humana contínua desde 4.500 anos atrás (período ceramista) até o período colonial pelos índios Puris Coroados. A GL tem 506 m de altitude e está situada no Domínio Morfoclimático Mares de Morros (áreas mamemolares tropicais atlânticas florestadas), e no Domínio Morfoestrutural Cinturões Móveis Neoproterozoicos (Faixa de Dobramentos Remobilizados), na Região Geomorfológica Serra da Mantiqueira Setentrional (Planaltos da Mantiqueira Setentrional) e Unidade Geomorfológica Morros e Montanhas do Centro-Sul Capixaba (Maciços do Caparaó/Caparaó II) com Modelado de Relevo de Dissecação Estrutural e feições de topo aguçado. A GL se situa geologicamente na Província Estrutural Mantiqueira, em sua porção norte representada pelo Orógeno Araçuaí-Rio Doce, no Grupo Italva (Sequência metavulcanossedimentar do Neoproterozoico/Ediacarano, Estágio Pré-Orogênico, bacia sedimentar do tipo retroarco), Formação São Joaquim (mármores calcíticos a dolomíticos). Na GL ocorre mármore dolomítico silicoso (metamorfismo de fácies granulito) com foliação subverticalizada marcada por intercalações centimétricas e lentes decimétricas argilo-ferruginosas boudinadas, estiradas (sigmóides) e dobradas (deformação rúptil/dúctil em regime tectônico compressional). É a caverna mais importante do ES, sendo a única em rochas carbonáticas e formada por 3 galerias com até 15 m de largura, 150 m de profundidade e 15 m de altura, com entrada em paredão superior com 30 m de altura com garganta de 40 m de largura e 6 m de altura, e com levantamentos espeleológicos realizados em 1978 e em 1992. Os principais espeleotemas são estalactites, estalagmites, cortinas, helictites, escorrimentos e colunas, e ocorrem também formas radiais concêntricas e bolsões de calcita translúcida de granulação muito grossa. Em travertinos são observados moldes e contramoldes de gastrópodes recentes. |
Abstract |
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The Gruta do Limoeiro (GL) is located in the municipality of Castelo, south of the state of Espírito Santo (ES), approximately 135 km from the city of Vitória and 15 km from the city of Castelo. Listed as a State Natural Monument in 1984 and Municipal Natural Monument in 1989, it occupies an area not officially delimited covering “its surroundings, which comprises the entire hill where the said natural asset is inserted” and since the opening of its Visitors Center in 2012, in a partnership between the state and municipal governments, it is managed by a private tourist association that schedules visits and conducts visitors. It is inserted in the Capixabas Mountains Tourist Region with a strong influence of German, Italian, Austrian, Pomeranian and Polish cultural traditions, intense agrotourism and numerous natural attractions (mountains and waterfalls). The GL is the most important archeological site of prehistory in ES with evidence of continuous human habitation from 4,500 years ago (ceramist period) until the colonial period by the Puris Coroados Indians. The GL has an altitude of 506 m and is located in the Morphoclimatic Domain Mares de Morros (Atlantic forested tropical mamemolar areas), and in the Neoproterozoic Mobile Belts (Remobilized Folding Belt) Morphostructural Domain, in the Northern Mantiqueira Serra Geomorphological Region (Northern Highland Plateaus) and Morros and Mountains of the Center-South Capixaba Geomorphological Unit (Massifs of Caparaó/Caparaó II) with Structural Dissection Relief Modeling and sharp top features. The GL is geologically located in the Mantiqueira Structural Province, in its northern portion represented by the Araçuaí-Rio Doce Orogen, in the Italva Group (Neoproterozoic/Ediacaran metavolcanic sequence, Pre-Orogenic Stage, back-arc sedimentary basin), São Joaquim Formation (calcitic to dolomitic marbles). It is the most important cave in ES, being the only one in carbonate rocks and formed by 3 galleries with up to 15 m in width, 150 m in depth and 15 m high, with entrance to the top wall 30 m high with a 40 m wide and 6 m high gorge, and with speleological surveys carried out in 1978 and 1992. The main speleothems are stalactites, stalagmites, curtains, helictites , runoff and columns, and there are also concentric radial shapes and pockets of very coarse-grained translucent calcite. In travertines, molds and countermoldings of recent gastropods are observed. |
Autores e coautores |
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Ariadne Marra de Souza - Universidade Federal do Espírito Santo/Departamento de Geologia Paulo de Tarso Ferro de Oliveira Fortes - Universidade Federal do Espírito Santo/Departamento de Geologia Valter Salino Vieira - CPRM/Serviço Geológico do Brasil/SUREG-BH Letícia Garcia D’Agostim - Universidade Federal do Espírito Santo/Departamento de Geologia Carla Tiengo Zambom - Universidade Federal do Espírito Santo/Departamento de Geologia Tamires Firmino Ribeiro - Universidade Federal do Espírito Santo/Departamento de Geologia Loruama Geovanna Guedes Vardiero - Universidade Federal do Espírito Santo/Departamento de Geologia Guilherme Carneiro de Assis - Universidade Federal do Espírito Santo/Departamento de Geologia |
Contexto
Geológico
Enquadramento Geológico Geral: |
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Unidade do Tempo Geológico (Eon, Era ou Período): |
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Pré-Cambriano / Proterozoico / Neoproterozoico / Ediacarano |
Ambiente Dominante: |
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Tipo de Unidade: | Unidade Litoestratigráfica |
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Nome: | Grupo Italva - Unidade São Joaquim |
Outros: | |
Rocha Predominante: | Mármore |
Rocha Subordinada: | Travertino |
Tipo e dimensões do afloramento, contato, espessura, outras informações descritivas do sítio. : | Caverna com amplos salões, formada por três galerias com até 15 m de largura, 150 m de profundidade e 15 m de altura, com entrada em paredão superior com 30 m de altura com garganta de 40 m de largura e 6 m de altura |
Paleontológico
Local de ocorrência |
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Ramos da Paleontologia: |
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Taxons conhecidos: |
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Caracterização Geológica
Rochas Sedimentares
Ambientes Sedimentares: |
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Ambientes: | Atuais/Antigos |
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Tipos de Ambientes: |
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Descontinuidades Estratigráficas: |
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Não conformidade – rochas sedimentares depositadas sobre rochas ígneas ou metamórficas |
Rochas Ígneas
Categoria: | Não se aplica - Não se aplica |
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Aspectos Texturais: |
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Estruturas: |
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Rochas Metamórficas
Metamorfismo: Regional (dinamotermal) |
Facie Metamorfismo: Granulito |
Texturas: |
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Estruturas: |
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Deformação das Rochas
Tipo de Deformação: | Dúctil / Rúptil |
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Regime Tectônico: | Compressional |
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Estruturas Lineares: |
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Estruturas Planas: |
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Feições de Relevo
FR6a - Superfícies de aplainamento | |
FR7b - Degraus estruturais | |
FR11b - Morro | |
FR12e - Caverna | |
FR12n - Abrigo sob rocha |
Ilustração
Interesse
Dados
Pelo Conteúdo |
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Interesse associado |
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Pela sua possível utilização |
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Observações
Observações Gerais |
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A Gruta do Limoeiro está situada geologicamente na Província Estrutural Mantiqueira (Almeida et al., 1981), mais especificamente em sua porção norte representada pelo Orógeno Araçuaí-Rio Doce (Delgado et al., 2003), onde ocorrem rochas metamórficas de médio a alto grau derivadas de rochas sedimentares (A), rochas metamórficas derivadas de rochas magmáticas plutônicas predominantemente félsicas a intermediárias pré a sin-colisionais (B) e rochas magmáticas plutônicas predominantemente félsicas a intermediárias sin a tardi-colisionais derivadas de fusão de rochas metassedimentares (C) do Neoproterozoico/Ediacarano (635 Ma-541 Ma), e rochas magmáticas plutônicas predominantemente félsicas a intermediárias tardi a pós-colisionais do Paleozoico/Cambriano (541 Ma-485,4 Ma) (Delgado et al, 2003). São representadas por, respectivamente, paragnaisses com granada, biotita, cordierita e sillimanita (e intercalações de quartzitos, mármores, rochas calcissilicáticas, anfibolitos e granulitos) (A), ortognaisses graníticos a tonalíticos (B) e granitoides com granada, cordierita e sillimanita neoproterozoicos (C); e granitos, monzogranitos, granodioritos, tonalitos e charnockitos com dioritos, gabros e noritos subordinados (D) (Vieira & Menezes, 2015). Os paragnaisses com granada, biotita, cordierita e sillimanita (gnaisses kinzigíticos) e intercalações de quartzitos, mármores, rochas calcissilicáticas, anfibolitos e granulitos foram posicionados no Complexo do Paraíba (Rosier, 1952), na região do vale do rio Paraíba do Sul; na Série Paraíba (Ebert, 1955), na região de Juiz de Fora; na Série Paraíba-Desengano (Rosier, 1965), na região da Serra do Mar; no Grupo Paraíba (Ebert, 1968), na região da Serra do Mar e vale do rio Paraíba do Sul; na Associação Paraíba do Sul (Brandalise et al., 1976), na região do vale do rio Paraíba do Sul e abrangendo parte dos estados de São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Minas Gerais (MG); no Grupo Paraíba do Sul (Oliveira et al. 1978), no estado do RJ; e no Complexo Paraíba do Sul (Lima et al., 1981), na região costeira, do vale do rio Doce ao estado do RJ. No Complexo Paraíba do Sul, no estado do RJ, foram denominadas a Unidade Italva, composta predominantemente por gnaisses tonalíticos bandados ou fitados com intercalações de quartzitos, rochas calcossilicáticas e anfibolitos, e a Unidade São Joaquim, composta predominantemente por mármores com intercalações de anfibolitos e rochas calcossilicáticas (Batista et al., 1978; Costa et al., 1978); a Unidade Serra Vermelha, composta por anfibólio gnaisses e anfibolitos com espessas lentes de mármore (Barbosa et al., 1980) e a Unidade Euclidelândia, composta por biotita- gnaisses, anfibólio-gnaisses calcossilicáticos, anfibolitos e mármores (Matos et al. 1980). Tais unidades foram posicionadas no Grupo Italva (pϵtv):, representado por “conjunto de hornblenda-gnaisses, anfibolitos, sillimanita-granada-biotita-gnaisses, bandados ou não, com lentes de metaultrabásicas quartzitos, mármores e calcossilicáticas”, correlacionado no estado do ES a duas áreas caracterizadas por gnaisses anfibolíticos com lentes de mármore (pϵtvmm), com destaque para a lente de mármore da Serra de Itaoca, próximo à cidade de Cachoeiro de Itapemirim, e lentes de mármore de menor espessura a noroeste separadas pelo maciço granítico do Forno Grande (Machado-Filho et al., 1983). O Grupo Italva, de idade neoproterozóica e composto por “conjunto metavulcanossedimentar rico em mármores e anfibolitos”, no estado do RJ foi subdividido em cinco unidades, sendo que a Unidade São Joaquim (NP3itsj) corresponde à “sequência metacarbonática com espessuras entre 500 e 1.000 m, constituída de mármore calcítico a dolomítico rico em grafita, com intercalações de anfibolito, rochas metaultramáficas, rochas calcissilicáticas e metachert quartzoso” (Duarte et al., 2012). No estado do ES, o Complexo Paraíba do Sul, de idade proterozoica e considerado como “unidade de origem sedimentar derivada, em geral, de sedimentos pelíticos aluminosos (gnaisses), com porções restritas de arenitos (quartzitos) e rochas carbonáticas (rochas calcissilicáticas)” foi subdividido em diferentes unidades, de maneira que biotita-gnaisse, quartzito, rochas calcissilicáticas, mármore e anfibolito foram agrupados na unidade Pps3, sendo que “o mármore (Pps3mm) ocorre em forma de lente nas proximidades da localidade de Limoeiro. A rocha, em amostra de mão, apresenta uma coloração clara, bandada e fitada...Possui granulação fina a média...” (Signorelli, 1993). Os mármores que ocorrem no estado do ES foram posicionados no Grupo Italva, que corresponde à Sequência metavulcanossedimentar do Neoproterozoico/Ediacarano, Estágio Pré-Orogênico, bacia sedimentar do tipo retroarco, mais especificamente na Formação São Joaquim (NP3itsj: mármores calcíticos a dolomíticos), incluindo os mármores da região de Itaoca, Gironda, Vargem Grande do Soturno, Vargem Grande e Campo de São Felipe, representados por lente de 24 km de comprimento e espessura máxima de 4,5 km situada a norte de Cachoeiro de Itapemirim que se adelgaça nas proximidades de Vargem Alta, além de três lentes menores em anfibólio-biotita gnaisse (Vieira, 2018). Na GL ocorre mármore dolomítico silicoso com foliação subverticalizada marcada por intercalações centimétricas e lentes decimétricas argilo-ferruginosas (anfibolíticas?) boudinadas, estiradas (sigmóides) e dobradas. Entretanto, deve ser ressaltado que no mapa geológico da Folha Afonso Cláudio (Signorelli, 1993) a GL se situa na lente de mármore (mm) encaixada na Unidade Pps3, mas no mapa geológico do ES (Vieira (2018) a GL se situa na lente de Granito isotrópico, cinza claro e de granulação média (O5gr) encaixada na Unidade Serra da Prata do Grupo Italva (NP3itsp: hornblenda-biotita gnaisse, com intercalações de gnaisses cinzentos e leucognaisses com granulação fina). A GL está situada no Domínio Morfoclimático Mares de Morros (áreas mamemolares tropicais atlânticas florestadas), e no Domínio Morfoestrutural Cinturões Móveis Neoproterozoicos (Faixa de Dobramentos Remobilizados), na Região Geomorfológica Serra da Mantiqueira Setentrional (Planaltos da Mantiqueira Setentrional) e Unidade Geomorfológica Morros e Montanhas do Centro-Sul Capixaba (Maciços do Caparaó/Caparaó II) com Modelado de Relevo de Dissecação Estrutural e feições de topo aguçado. A GL, tombada como Monumento Natural Estadual em 1984 e Monumento Natural Municipal em 1989, ocupa área não delimitada oficialmente abrangendo “seu entorno, que compreende todo o morro onde está inserido o referido bem natural”, e é oportuna a sugestão de melhor definição de seus limites. Está inserida na Região Turística Montanhas Capixabas com forte influência de tradições culturais alemãs, italianas, austríacas, pomeranas e polonesas, intenso agroturismo e numerosos atrativos naturais (serras e cachoeiras). É o mais importante sítio arqueológico da pré-história no ES com evidências de habitação humana contínua desde 4.500 anos atrás (período ceramista) até o período colonial pelos índios Puris Coroados (onze esqueletos humanos, cerâmicas e artefatos de pedra retirados do local em 1979 por pesquisadores da UFES). É a caverna mais importante do ES, sendo a única em rochas carbonáticas e formada por 3 galerias com até 15 m de largura, 150 m de profundidade e 15 m de altura, com entrada em paredão superior com 30 m de altura com garganta de 40 m de largura e 6 m de altura, e com levantamentos espeleológicos realizados em 1978 e em 1992. Os principais espeleotemas são estalactites, estalagmites, cortinas, helictites, escorrimentos e colunas, e ocorrem também formas radiais concêntricas e bolsões de calcita translúcida de granulação muito grossa. Em travertinos são observados moldes e contramoldes de gastrópodes recentes. |
Bibliografia |
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ALMEIDA, F.F.M; HASUI, Y.; BRITO NEVES, B.B.; FUCK, R.A. (1981) Brazilian structural provinces: an introduction. Earth Science Review (17): 1-29. BARBOSA, L.M.; GROSSI-SAD, J.H.; PINTO, C.P.; DUTRA, J.E.B.; HETTICH, M.; ANDRADE, N.T. (1980) Folhas Trajano de Morais, Santa Maria Madalena e Santo Antônio de Pádua: escala 1:50.000. Projeto Carta Geológica do Estado do Rio de Janeiro. DRM/RJ. BATISTA, J.J.; GOMES, B. S.; MARCHETTO, C.M.L. (1978) Folha Italva: escala 1:50.000. Projeto Carta Geológica do Estado do Rio de Janeiro. DRM/RJ. BRANDALISE, L.A.; RIBEIRO, J.H.; FERRARI, P.G. (1976) Projeto Vale do Paraíba do Sul. Relatório Final, 411 p. DNPM/CPRM. COSTA, L.M.; BAPTISTA, J. J.; SOUZA, B. (1978) Folha Italva: escala 1:50.000. Projeto Carta Geológica do Estado do Rio de Janeiro. Relatório Final. DRM/RJ. DELGADO, I.M.; SOUZA, J.D.; SILVA, L.C.; FILHO, N.C.S.; SANTOS, R.A.; PEDREIRA, A.J.; GUIMARÃES, J.T.; ANGELIN, L.A.A.; VASCONCELOS, A.M.; LAPORINA, P.G., FILHO, J.V.L.; VALENTE, C.R.; PERROTTA, M.M.; HEINECK, C.A. (2003) Geotectônica do Escudo Atlântico. IN: Geologia, Tectônica e Recursos Minerais do Brasil, BIZZI, L.A.; SCHOBBENHAUS, C.; VIDOTTI, R.M.; GONÇALVES, J.H. (eds.), Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM). DUARTE, B.P.; TUPINAMBÁ, M.; NOGUEIRA, J.R.; HEILBRON, M.; ALMEIDA, J.C.H.; PORTO JUNIOR, R.; MENEZES, P.T.L. (2012) Geologia e recursos minerais da folha Itaperuna: escala 1:100.000. Capítulo 3 - UNIDADES LITOESTRATIGRÁFICAS. CPRM. EBERT, H. (1955). Pesquisas na parte sudeste do Estado de Minas Gerais. Relatório Anual do Diretor. Boletim DGM/DNPM, p. 79-89. EBERT, H. (1968) Ocorrência de fácies granulítica no sul de Minas Gerais e regiões adjacentes, em dependência da estrutura orogênica: hipóteses sobre sua origem. Anais da Academia Brasileira de Ciências (40-Supl.): 215-229. LIMA, M.I.C.; FONSECA, E.G.; OLIVEIRA, E.P.; GHIGNONE, J.I.; ROCHA, J.M. R. R.M. (1981) Folha Salvador. (SD-24) Levantamento de Recursos Naturais, v. 24. Projeto RADAMBRASIL. MME/IBGE. MACHADO FILHO, L.; RIBEIRO, M. W.; GONZALES, S. R.; SCHENINI, C. A.; SANTOS NETO, A.; PALMEIRA, R. C. B.; PIRES, J. L.; TEIXEIRA, W.; CASTRO, H. E. F. (1983) Folhas Rio de Janeiro/Vitória. Levantamento de Recursos Naturais, v. 32. Projeto RADAMBRASIL. MME/IBGE. MATOS, G.M.M.; BICALHO; F.D.; MALOUF, R.F.; LEITES, S.R.; CAVALCANTE, J.C.; FERRARI, P.G.; RAMALHO, R. (1980) Projeto Faixa Calcária Cordeiro-Cantagalo. Relatório Final, Texto e Mapas Geológicos. DNPM/CPRM. OLIVEIRA, J.A.D.; MACHADO FILHO. L.; RIBEIRO, W.M.; LIU, C.C.; MENEZES, P.R. (1978) Mapa geológico do Estado do Rio de Janeiro. Texto explicativo. DRM/RJ. ROSIER, G.F. (1952) Seção de Geologia. Relatório Anual do Diretor. Boletim 139 DGM/DNPM, p 28-30. ROSIER, G.F. (1965) Pesquisas geológicas na parte oriental do Estado do Rio de Janeiro e na parte vizinha de Minas Gerais. Relatório Anual do Diretor. Boletim 222 DGM/DNPM, p. 1-40. SIGNORELLI, N. (1993). Folha Afonso Claudio: escala 1:100.000. Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil. DNPM/CPRM. VIEIRA, V.S. (2018) Mapa geológico do Estado do Espírito Santo: escala 1:400.000. Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM). VIEIRA, V.S.; MENEZES, R.G. (2015) Geologia e Recursos Minerais do Estado Espírito Santo - Texto Explicativo dos Mapas Geológico e de Recursos Minerais do Estado do Espírito Santo. Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM). |
Imagens Representativas e Dados Gráficos
Conservação
Unidade de Conservação
Nome da UC | Tipo da UC | Unidade de Conservação | Situação da Uc |
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Gruta do Limoeiro (Privado) | UC de Proteção Integral | Monumento Natural |
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Proteção Indireta
Relatar: | |
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- Tombamento como Monumento Natural Estadual (Conselho Estadual de Cultura/ES, Resolução 01/1984): “tombamento, em caráter definitivo, da Gruta do Limoeiro, situada no município de Castelo, Espírito Santo, e de seu entorno, que compreende todo o morro onde está inserido o referido bem natural” (Livro de Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico e Científico) - Tombamento como Patrimônio Histórico-Cultural Municipal (Decreto 1.387/1989) |
Uso e Ocupação
Propriedade do Terreno | ||||
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Privado |
Area Rural |
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|
Area Urbana |
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Fragilidade |
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Baixa |
Dificuldade de Acesso e aproveitamento do solo: |
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Entrada somente com guia e mediante pagamento de taxa |
Quantificação
Valor Científico (indicativo do valor do conteúdo geocientífico do sítio ou do elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
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A1 - Representatividade | 30 | O local ou elemento de interesse é um bom exemplo para ilustrar elementos ou processos, relacionados com a área temática em questão (quando aplicável) | 2 |
A2 - Local-tipo | 20 | O local ou elemento de interesse é reconhecido, na área de trabalho, como local-tipo secundário, sendo a fonte de um parastratótipo, unidade litodêmica ou de um parátipo | 2 |
A3 - Reconhecimento científico | 5 | Existem resumos apresentados sobre o local de interesse em anais de eventos científicos, ou em relatórios inéditos, diretamente relacionados com a categoria temática em questão (quando aplicável) | 1 |
A4 - Integridade | 15 | O local de interesse não está muito bem preservado, mas os principais elementos geológicos (relacionados com a categoria temática em questão, quando aplicável) ainda estão preservados | 2 |
A5 - Diversidade geológica | 5 | Local de interesse com 3 ou 4 tipos diferentes de aspectos geológicos com relevância científica | 2 |
A6 - Raridade | 15 | O local de interesse é a única ocorrência deste tipo na área de estudo (representando a categoria temática em questão, quando aplicável) | 4 |
A7 - Limitações ao uso | 10 | É possível fazer amostragem ou trabalho de campo depois de ultrapassar as limitações existentes | 2 |
Valor Científico | 225 |
Risco de Degradação (dos valores geológicos retratados no sítio ou no elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
---|---|---|---|
B1 - Deterioração de elementos geológicos | 35 | Existem reduzidas possibilidades de deterioração dos elementos geológicos secundários | 1 |
B2 - Proximidade a áreas/atividades com potencial para causar degradação | 20 | Local de interesse situado a mais de 1000 m de área/atividade com potencial para causar degradação | 1 |
B3 - Proteção legal | 20 | Local de interesse situado numa área com proteção legal e com controle de acesso | 1 |
B4 - Acessibilidade | 15 | Local de interesse localizado a menos de 500 m de uma estrada asfaltada | 3 |
B5 - Densidade populacional | 10 | Local de interesse localizado num município com menos de 100 habitantes por km2 | 1 |
Risco de Degradação | 130 |
Potencial Valor Educativo e Turístico (indicativo de interesse educativo e turístico associado ao valor científico do sítio, sujeito à análise complementar dos setores competentes)
Ítem | P.E | P.T | Resposta | Valor |
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C1 - Vulnerabilidade | 10 | 10 | Possibilidade de deterioração de elementos geológicos secundários por atividade antrópica | 3 |
C2 - Acesso rodoviário | 10 | 10 | Local de interesse localizado a menos de 500 m de uma estrada asfaltada | 3 |
C3 - Caracterização do acesso ao sítio | 5 | 5 | O local de interesse é acessado por estudantes e turistas, mas só depois de ultrapassar certas limitações (autorizações, barreiras físicas, marés, inundações etc...) | 2 |
C4 - Segurança | 10 | 10 | Local de interesse com infraestrutura de segurança (vedações, escadas, corrimões, etc.), rede de comunicações móveis e situado a menos de 25 km de serviços de socorro | 3 |
C5 - Logística | 5 | 5 | Existem restaurantes e alojamentos para grupos de 50 pessoas a menos de 15 km do local de interesse | 4 |
C6 - Densidade populacional | 5 | 5 | Local de interesse localizado num município com menos de 100 habitantes por km2 | 1 |
C7 - Associação com outros valores | 5 | 5 | Existem diversos valores ecológicos e culturais a menos de 20 km do local de interesse | 3 |
C8 - Beleza cênica | 5 | 15 | Local de interesse habitualmente usado em campanhas turísticas locais, mostrando aspectos geológicos | 2 |
C9 - Singularidade | 5 | 10 | Ocorrência de aspectos únicos e raros no estado | 3 |
C10 - Condições de observação | 10 | 5 | A observação de todos os elementos geológicos é feita em boas condições | 4 |
C11 - Potencial didático | 20 | 0 | Ocorrência de elementos geológicos que são ensinados em todos os níveis de ensino | 4 |
C12 - Diversidade geológica | 10 | 0 | Ocorrem 3 ou 4 tipos de elementos da geodiversidade | 3 |
C13 - Potencial para divulgação | 0 | 10 | Ocorrência de elementos geológicos que são evidentes e perceptíveis para todos os tipos de público | 4 |
C14 - Nível econômico | 0 | 5 | Local de interesse localizado num município com IDH inferior ao se verifica no estado | 1 |
C15 - Proximidade a zonas recreativas | 0 | 5 | Local de interesse localizado a menos de 20 km de uma zona recreativa ou com atrações turísticas | 1 |
Valor Educativo | 315 | |||
Valor Turístico | 270 |
Classificação do sítio
Relevância: | Geossítio de relevância Nacional |
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Valor Científico: | 225 |
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Valor Educativo: | 315 (Relevância Nacional) |
Valor Turístico: | 270 (Relevância Nacional) |
Risco de Degradação: | 130 (Risco Baixo) |
Recomendação
Urgência à Proteção global: | Necessário a médio prazo |
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Urgência à Proteção devido a atividades didáticas: | Necessário a médio prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades turísticas: | Necessário a médio prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades científicas: | Necessário a médio prazo |
Unidade de Conservação Recomendado: | Não se aplica - |
Justificativa: | Limites da área do monumento natural não definidos (sem polígono de delimitação) |
Coordenadas do polígono de proteção existente ou sugerido
Ponto 1: | Latitude: -20.482727557 e Longitude: -41.174634342 |
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Ponto 2: | Latitude: -20.482834355 e Longitude: -41.171194490 |
Ponto 3: | Latitude: -20.485597636 e Longitude: -41.171260520 |
Ponto 4: | Latitude: -20.485480470 e Longitude: -41.174503811 |
Justificativas e explicações sobre a delimitação sugerida para o sítio: |
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Responsável
Nome: | Ariadne Marra de Souza |
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Email: | ariadne.souza@ufes.br |
Profissão: | Geóloga, Professora Universitária |
Instituição: | UFES - Universidade Federal do Espírito Santo |
Currículo Lattes: | http://lattes.cnpq.br/6881579127412977 |
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ESTROMATÓLITO E FIGURAS RUPESTRES
Retornamos a Gruta do Limoeiro, para a 2 ª etapa exploratória, desta vez iniciamos pela lagoa, margem sul, dista aproximadamente 100 metros da GL, com uma diferença de nível de aproximadamente 60 metros. Nas margens da lagoa, observamos muitas rochas sedimentares principalmente calcárias, figuras 1 e 2, muitas fragmentadas , de dimensões variadas. Observamos surpreendentemente, afloramentos de estromatólitos fósseis, tipo digitado e colunar. Coletamos amostras para estudo, conforme figura 3, ao limpa-lo utilizando ácido acético diluído a 15% observamos que estava polido, pela erosão, ventos, água, retrabalho, figura 4, sua dimensão 200 x160x120 mm, verificamos a morfologia, com fácies bem visíveis, da escura a mais clara. Ao analisar a base, por baixo da 1ª lâmina, vemos a origem do estromatólito, a sua esteira microbiana, com uma área marrom, com maior concentração de matéria orgânica, muitos buracos e rastros de escavadores marinhos (possível toca de poliquetas) até o topo, na parte mais clara e esverdeada pela fotossíntese. No exame microscópico, não destrutivo usando microscópio digital 1600 x (marca Soft HVS), com acuidade acima de 15 micrometros, fizemos uma varredura encontrando cianobactérias e outros não identificados figura 6. Continuando a exploração, subimos pela encosta, até próximo a estrada da gruta, neste local descobrimos outro afloramento , um estromatólito, digitado, retrabalhado em rocha metamórfica, com dimensão aproximada de 600 x 900 cm, figuras 7 e 8. Os estromatólitos são na sua maioria, originários de ambiente hipersalino, em um mar raso e quente ou transicional lacustre, são de grande importância como indicadores do paleoclima, paleoambiente e paleobiologia. No dia 15/10, seguindo o planejamento, fomos à GL, nos primeiros 30 metros da gruta, ainda com iluminação natural, no teto mais rebaixado, descobrimos 2 peculiares figuras rupestres, pintadas em vermelho vivo ocre, com marcas de pequenos retoques feito com o dedo, na parte externa das 2 figuras, possivelmente testando a cor antes da execução do desenho, em uma outra área, no entorno das figuras nota-se uma cor vermelha apagada, que em tempos pretéritos poderia conter mais figuras, que se perderam, figuras 6 e 7. CONCLUSÃO: Estas 2 descobertas são inéditas em nosso Estado, relevantes para a paleontologia e arqueologia do ES incluindo o ES, município de Castelo, no rol de estados com afloramentos de estromatólitos (MA,SE, MT, SP, PR) e na arqueologia é a 1ª arte rupestre descoberta no ES, também em Castelo, enriquecendo ainda mais o local, na sua já conhecida geodiversidade, agregando valor para a preservação da Gruta do Limoeiro e conservação do seu entorno, com reflexos positivos para a comunidade, um perfeito exemplo de desenvolvimento sustentável. Quero também deixar meu agradecimento a Prof. Ariadne Marra de Souza, pela sua colaboração.
Impressões quanto a gestão da GL:
1. Fomos recebidos pela Sra. Hilda Pereira Gomes, vice presidente da Limutur, e o condutor Tarcisio, (a Limutur faz a gestão do sitio). Dona Hilda nos falou sobre a história da gruta, sua importância socio-cultural e econômica para a Região e o trabalho que envolve toda a comunidade do entorno e até algumas dúvidas que a comunidade tem e ao final cito neste relato. O local fica aberto à visitação todos os dias com exceção de segunda-feira, com o ingresso custando 10 reais, vale muito a pena, a visita no interior da gruta leva em torno de 40 min. é realizada por 1 condutor treinado, com informações sobre segurança na entrada, a geologia e arqueologia local. No Centro de Visitantes há um espaço onde todos os visitantes da região e de fora do estado e até de outros países, tem contato com a cultura local, através dos produtos feitos na Região e pela comunidade e vendidos, de excelente qualidade, desde vinho de jabuticaba, queijos, café, doces, salgados até artesanato em geral. Ao lado o Centro de Visitantes há um museu muito bem construído, com imponente arquitetura, com fotos e um breve histórico sobre a GL e descobertas arqueológicas;
2. Observamos que no local do sepultamento, logo em frente à entrada da gruta, onde foram retirados 11 esqueletos dos povos antigos, não está demarcado nem isolado, de modo que os visitantes andam por cima do local, sem que haja o devido cuidado e importância pelo local, este espaço deveria ser demarcado, e isolado com informações básicas sobre a descoberta arqueológica. Muitos moradores eu na época da descoberta eram crianças, hoje são biólogos, médicos e perguntam sobre o retorno dos 11 esqueletos ao seu local de origem, bem como os artefatos líticos , para exposição no museu, construído para este fim e se existe estudo de DNA e C14.
3. Há relatos, que os arqueólogos , à época informaram que há mais um esqueleto, além dos 11 retirados, que esta ainda sepultado, em face desta informação, a associação tem a ideia de um projeto para que esse esqueleto seja mantido no local, com a colocação de vidro, no nível do solo, expondo como foi enterrado originalmente. Esse projeto aumentaria o interesse público pela visitação e pesquisa, além de valorização do espaço;
Conclusão
A Gruta do Limoeiro, é um patrimônio geológico de excepcional relevância para o Brasil e o Mundo, descortinando uma importante parte da história da Terra, fundamental para o entendimento da evolução geológica do Planeta, além da relevância socio-cultural para a comunidade do entorno e muito mais além, fora dos limites de abrangência da gruta.
Neste contexto, e pelo que vimos em pouco tempo, acreditamos que a Gruta do Limoeiro tem ainda um grande potencial arqueológico e paleontológico ainda não explorados, assim sugerimos que novos estudos e pesquisas voltem ao site, e quem o que a gruta ainda tem a nos mostrar?
Voltarei mais uma vez antes de viajar para Angola.
Este relato visa mostrar nossa impressão sobre informações já existentes, na visitação a famosa Gruta do Limoeiro, que fica na Comunidade Limoeiro, Castelo, ES, antes de retornar para Angola. A Gruta do Limão, de grande importância geológica, pela sua geodiversidade, é relevante também na arqueologia brasileira, (há alguns documentos do século 19, que relataram ossos humanos e gastrópodes na caverna), porem foi sistematicamente estudada pela primeira vez por pesquisadores da UFES, em 1979, quando foi feito uma grande descoberta, material lítico e 11 esqueletos, de povos ceramistas, enterrados na entrada da gruta, supondo-se que a ocupação humana tem mais 4.500 anos, no mais em relação a este achado não há mais publicação disponível. Do ponto de vista paleontológico, há citações de invertebrados fósseis, moldes de gastrópodes e bioturvação, ditos recentes, no sedimento calcário travertino. Muito bem conhecida e documentada sua geologia, a Gruta do Limoeiro está dentro do conjunto da Mantiqueira de idade pré cambriana e cambriana. Visitamos a Gruta do Limoeiro no dia 10 set/22, já na entrada da gruta, sedimento arqueológico, vimos a ponta de um fragmento que parecia ser material lítico manufaturado, ao apanha-lo, verificamos ser de fato, em forma de presa, logo abaixo deste a uns 15 cm de profundidade, mais 2 peças, outra , em formato de barco, parecendo ferramenta para triturar, estava quebrada no meio , a outra peças poderia ser um tipo de machado, figuras 1,2,3,4 e 5 , tudo feito na presença do condutor da Limutur, Sr. Tarcisio, coletamos as 3 peças para análise e posterior devolução para o Museu da gruta, sob gestão da Limutur ou para a UFES. Continuando , na parede, face norte da entrada da gruta, no sedimento calcário, observamos um tipo de travertino laminado, a aproximadamente 2,5 metros de altura, com linhas de precipitação visíveis, horizontais, com diferentes cores, vindas das zonas de dissolução do material carbonático, nesta parede da parte mais alta para mais baixa, verificamos os seguintes fósseis: a) Vestígio de uma vertebra, de 30 mm , figura 6, visíveis os processos espinhoso e transverso e espaço do forame vertebral, b) mais abaixo, num outro tipo de rocha , vemos 1 fóssil discoide, marrom, 100mm x 80 mm, figuras 7 e 8, parecendo ser um tipo de estromatólito, tem pelo menos 3 camadas carbonáticas sobrepostas, c) abaixo do fóssil discoide e mais a oeste, 5 gastrópodes, entre 80 e 10 mm, figura 9, sendo 3 animais, com parte das conchas preservadas, além de moldes de outros de gastrópodes. O travertino, por conter fósseis, supomos ser tipo meteógeno, laminado, originado por um rio, nascentes ou águas subterrâneas de fluxo continuo e moderado, que inundavam toda a gruta, em determinadas épocas do ano, no período das chuvas, em tempos remotos.