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Gruta Martimiano II
Lima Duarte -
MG , Lat.:
-21.716041565 Long.:
-43.900432587
Última alteração: 27/10/2020 23:40:29
Última alteração: 27/10/2020 23:40:29
Status: Em análise
Geossitio de Relevância Nacional
Valor Científico:
300
Valor Educativo:
210 (Relevância Nacional)
Valor Turístico:
220 (Relevância Nacional)
Risco de Degradação:
175 (Risco Baixo)
Identificação
Designação
Nome do Sítio: | Gruta Martimiano II |
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Título Representativo: | |
Classificação temática principal: | Espeleologia |
Classificação temática secundária: | |
Registro SIGEP (Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos) com o Nº : | Não |
Sítio pertence a um geoparque ou proposta de geoparque: | Não |
Localização
Latitude: | -21.716041565 |
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Longitude: | -43.900432587 |
Datum: | SIRGAS2000 |
Cota: | 1361 m |
Estado: | MG |
Município: | Lima Duarte |
Distrito: | Santa Rita do Ibitipoca |
Local: | Parque Estadual de Ibitipoca |
Ponto de apoio mais próximo: | Santa Rita do Ibitipoca, Lima Duarte - MG |
Ponto de referência rodoviária: | Centro de Visitantes do Parque Estadual do Ibitipoca |
Acesso: | Através do Centro de Visitantes pega-se a trilha principal por 500 metros sentido a portaria do parque. Após, toma-se uma trilha não oficial, por cerca de 150 metros, até a entrada da caverna. |
Imagem de identificação
Resumo
Resumo |
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A Gruta Martimiano II, atualmente é a maior caverna do Brasil em rochas siliciclásticas. Com seus 4.140 metros de projeção horizontal, desenvolve-se no contato entre quartzitos puros e quartzitos feldspáticos do Grupo Andrelândia. Apresenta diversos condutos com feições freáticas, pouco comuns entre cavernas desenvolvidas em quartzito, tornando a cavidade uma verdadeiro labirinto subterrâneo. Seus espeleotemas, com coloração avermelhada, estão distribuídos por seus salões, evidenciando os processos dissolutivos presentes na gruta. Sua morfologia marca a variação do nível de base regional, através da migração de um rio que surge em seu interior. |
Abstract |
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Autores e coautores |
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Paulo Eduardo Santos Lima - Sociedade Excursionista e Espeleológica Bruno Fernandes Aguiar - Sociedade Excursionista e Espeleológica Tiago Vilaça Bastos - Sociedade Excursionista e Espeleológica |
Contexto
Geológico
Enquadramento Geológico Geral: |
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Unidade do Tempo Geológico (Eon, Era ou Período): |
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Ambiente Dominante: |
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Tipo de Unidade: | |
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Nome: | |
Outros: | |
Rocha Predominante: | |
Rocha Subordinada: | |
Tipo e dimensões do afloramento, contato, espessura, outras informações descritivas do sítio. : |
Paleontológico
Local de ocorrência |
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Ramos da Paleontologia: |
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Taxons conhecidos: |
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Caracterização Geológica
Rochas Sedimentares
Ambientes Sedimentares: |
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Ambientes: |
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Tipos de Ambientes: |
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Descontinuidades Estratigráficas: |
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Rochas Ígneas
Categoria: | Não se aplica - Não se aplica |
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Aspectos Texturais: |
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Estruturas: |
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Rochas Metamórficas
Metamorfismo: Regional (dinamotermal) |
Facie Metamorfismo: Xisto verde |
Texturas: |
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Estruturas: |
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Deformação das Rochas
Tipo de Deformação: | Dúctil / Rúptil |
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Regime Tectônico: | Compressional |
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Estruturas Lineares: |
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Estruturas Planas: |
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Feições de Relevo
FR5e - Cachoeiras | |
FR7c1 - Escarpas erosivas | |
FR8h - Captura de Drenagem | |
FR12a - Dolina | |
FR12e - Caverna | |
FR12f - Surgência e ressurgência |
Ilustração
Interesse
Dados
Pelo Conteúdo |
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Interesse associado |
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Pela sua possível utilização |
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Observações
Observações Gerais |
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O primeiro relato técnico, descrevendo a erodibilidade da rocha na formação de cavernas e possíveis processos que levariam a isto, é feito por Silveira (1921), sendo replicado no livro As Grutas em Minas Gerais do Departamento Geral de Estatística, Divisão de Estatística Fisiografica e da Viação, Estado de Minas Gerais (1939). Com a criação do Parque Florestal Estadual do Ibitipoca, posteriormente Parque Estadual do Ibitipoca, em 1973, houve um aumento claro no número de turistas e pesquisadores que passaram pelo local (IEF,2007). Perez e Grossi (1987) definem a serra como Distrito Espeleológico Quartzítico do Parque Florestal Estadual do Ibitipoca, relatando a existência de pelos menos 12 cavidades, com desenvolvimento entre 300 e 600 metros, além de apresentarem o mapa da Gruta das Dobras, o primeiro mapa de uma caverna dali. Através do trabalho de Nummer (1992), Corrêa Neto (et all, 1993) identificam três sistemas principais de fraturamento, dividem as cavernas da região em três grupos, esboçam um modelo evolutivo para seu desenvolvimento, baseado nas observações feitas por Martini (1987) e Urbani (1986) para outras cavernas em rochas siliciclásticas, e apresentam a Gruta das Bromélias como até então a maior caverna de quartzito do mundo. Com os avanços do conhecimento espeleológico em solo mineiro, Corrêa Neto e Dutra (1997) propõem a criação da Província Espeleológica Quartzítica Andrelândia, dividida nos Distritos Espeleológicos Ibitipoca, Boa Vista, Carrancas e São Tomé das Letras. Silva (2004), estudando 12 cavernas do parque, mostra a relevância das estruturas rúpteis no processo de formação das grandes cavernas do mesmo. Usando de conceitos modernos sobre o carste, Bento e Rodrigues (2014) reforçam a ocorrência de carste em rochas siliciclásticas no Parque Estadual do Ibitipoca. Estudando cavernas pontuais, Teixeira-Silva (et al, 2017), Lima (et al, 2017), Lacerda (et al, 2017), Ferreira (et al, 2017), Aguiar (2019), Lacerda (et al, 2019) e Ribas (et al, 2019), mostram a importância do papel das descontinuidades e da diferença entre quartzitos, um de granulação mais fina e outro mais grossa, na formação dessas cavidades. Embora muitos autores correlacionem as estruturas rúpteis as fases deformacionais apontadas por Pinto (1991) e Nummer (1992), apenas as estruturas dúcteis são bem conhecidas na região, carecem tais descontinuidades de melhor detalhamento. |
Bibliografia |
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Aguiar, B.F. “Geoespeleologia da Gruta Martimiano II – Parque Estadual do Ibitipoca – Santa Rita do Ibitipoca – MG” (2019). Bento, L. C. M e Rodrigues, S. C. “FEIÇÕES CÁRSTICAS NO PARQUE ESTADUAL DO IBITIPOCA/MINAS GERAIS (PEI) ”. I Simpósio Mineiro de Geografia (2014). Corrêa Neto, A. V. et al. "Um endocarste quartzítico na Serra do Ibitipoca, sudeste de Minas Gerais." Simpósio de geologia de Minas Gerais 7 (1993): 83-86. Corrêa Neto, A. V., e G. Dutra. “ A província espeleológica quartzítica Andrelândia, sudeste de Minas Gerais." XXIV Congresso Brasileiro de Espeleologia, Ouro Preto. 1997. Ferreira, A. A. et al. “ Caracterização de cavidades naturais no Parque Estadual do Ibitipoca (Minas Gerais) por meio da pesquisa geológico-geofísica”. Espeleo-Tema, 28, nª1 (2017). IEF-MG. Instituto Estadual de Florestas - IEF - Parque Estadual do Ibitipoca. Disponível em: http://www.ief.mg.gov.br/component/content/192?task=view. Acesso em: 05 ago. 2020. Lacerda, S. G.; et al. “Caracterização geomecânica do maciço rochoso da Gruta dos Viajantes, Parque Estadual do Ibitipoca, sudeste de Minas Gerais”. 33º Congresso Brasileiro de Espeleologia (2017). Lacerda, S.G. et al. “Caracterização geomecânica do maciço rochoso da Gruta do Pião - Parque Estadual do Ibitipoca, Minas Gerais”. 34º Congresso Brasileiro de Espeleologia (2019). Lima, P. E. S.; et al. “Caracterização geoespeleológica preliminar da Gruta Martimiano II, Santa Rita de Ibitipoca – MG”. ”. 33º Congresso Brasileiro de Espeleologia (2017). Nummer, A. R. "Mapeamento Geológico Litoestrutural e Tectônica Experimental do Grupo Andrelândia na Região de Santa Rita de Ibitipoca-Lima Duarte, Sul de Minas" (1992). Martini, J. “Les phénomènes karstiques des quartzites d'Afrique du Sud”. Karstologia, 9 (1987). Pinto, C.P. “Texto Explicativo da Folha SF.23.X-C-VI Lima Duarte”. Programa Levantamentos Geológicos do Brasil, DNPM/CPRM (1991). Perez, R.C., e Grossi, W.R. "The quartzitic speleological district of the Parque Florestal Estadual do Ibitipoca, Minas Gerais, Brazil." International Congress of Speleology (1987). Ribas, G.P. et al. “Geoespeleologia da Gruta Manequinho - Parque Estadual do Ibitipoca – PEI, Santa Rita de Ibitipoca”. 34º Congresso Brasileiro de Espeleologia (2019). Silva, S.M. Carstificação em rochas siliciclásticas: estudo de caso na Serra do Ibitipoca, Minas Gerais. Diss. Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil (2004). Silveira, A. A. "Memorias chorographicas." Belo Horizonte: Imprensa Official 153 (1921). Teixeira-Silva, C. M. et al. “Geoespeleologia da Gruta das Casas – Parque Estadual do Ibitipoca - PEI, sudeste de Minas Gerais”. 33º Congresso Brasileiro de Espeleologia (2017). Urbani, F. “Notas sobre el origen de las cavidades en rocas cuarciferas precambrianas del Grupo Roraima, Venezuela”. Interciencia, vol. 11 (1986). |
Imagens Representativas e Dados Gráficos
Conservação
Unidade de Conservação
Nome da UC | Tipo da UC | Unidade de Conservação | Situação da Uc |
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Parque Estadual do Ibitipoca (Estadual) | UC de Proteção Integral | Parque |
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Proteção Indireta
Relatar: | |
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Uso e Ocupação
Propriedade do Terreno | ||||
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Público / |
Area Rural |
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Area Urbana |
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Fragilidade |
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Dificuldade de Acesso e aproveitamento do solo: |
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Quantificação
Valor Científico (indicativo do valor do conteúdo geocientífico do sítio ou do elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
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A1 - Representatividade | 30 | O local ou elemento de interesse é o melhor exemplo, atualmente conhecido, na área de trabalho, para ilustrar elementos ou processos, relacionados com a área temática em questão (quando aplicável) | 4 |
A2 - Local-tipo | 20 | O local ou elemento de interesse é reconhecido, na área de trabalho, como um dos locais-tipo secundário, sendo a fonte de um ou mais parastratótipo, unidades litodêmicas, parátipo ou sintipo | 1 |
A3 - Reconhecimento científico | 5 | Existem artigos sobre o local de interesse em revistas científicas nacionais, diretamente relacionados com a categoria temática em questão (quando aplicável) | 2 |
A4 - Integridade | 15 | Os principais elementos geológicos (relacionados com a categoria temática em questão, quando aplicável) estão muito bem preservados | 4 |
A5 - Diversidade geológica | 5 | Local de interesse com 3 ou 4 tipos diferentes de aspectos geológicos com relevância científica | 2 |
A6 - Raridade | 15 | O local de interesse é a única ocorrência deste tipo na área de estudo (representando a categoria temática em questão, quando aplicável) | 4 |
A7 - Limitações ao uso | 10 | É possível fazer amostragem ou trabalho de campo depois de ultrapassar as limitações existentes | 2 |
Valor Científico | 300 |
Risco de Degradação (dos valores geológicos retratados no sítio ou no elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
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B1 - Deterioração de elementos geológicos | 35 | Possibilidade de deterioração dos elementos geológicos secundários | 2 |
B3 - Proteção legal | 20 | Local de interesse situado numa área com proteção legal e com controle de acesso | 1 |
B4 - Acessibilidade | 15 | Local de interesse localizado a menos de 500 m de uma estrada asfaltada | 3 |
B5 - Densidade populacional | 10 | Local de interesse localizado num município com mais de 1000 habitantes por km2 | 4 |
B2 - Proximidade a áreas/atividades com potencial para causar degradação | 20 | Não se aplica. | 0 |
Risco de Degradação | 175 |
Potencial Valor Educativo e Turístico (indicativo de interesse educativo e turístico associado ao valor científico do sítio, sujeito à análise complementar dos setores competentes)
Ítem | P.E | P.T | Resposta | Valor |
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C1 - Vulnerabilidade | 10 | 10 | Possibilidade de deterioração dos principais elementos geológicos por atividade antrópica | 2 |
C2 - Acesso rodoviário | 10 | 10 | Local de interesse localizado a menos de 500 m de uma estrada asfaltada | 3 |
C3 - Caracterização do acesso ao sítio | 5 | 5 | O acesso por estudantes e turistas é muito difícil devido a limitações existentes (autorizações, barreiras físicas, marés, inundações etc...) | 1 |
C5 - Logística | 5 | 5 | Existem restaurantes e alojamentos para grupos de 50 pessoas a menos de 15 km do local de interesse | 4 |
C6 - Densidade populacional | 5 | 5 | Local de interesse localizado num município com menos de 100 habitantes por km2 | 1 |
C7 - Associação com outros valores | 5 | 5 | Existem diversos valores ecológicos e culturais a menos de 10 km do local de interesse | 4 |
C9 - Singularidade | 5 | 10 | Ocorrência de aspectos únicos e raros no país | 4 |
C10 - Condições de observação | 10 | 5 | A observação de todos os elementos geológicos é feita em boas condições | 4 |
C11 - Potencial didático | 20 | 0 | Ocorrência de elementos geológicos que são ensinados no ensino superior | 1 |
C12 - Diversidade geológica | 10 | 0 | Ocorrem 3 ou 4 tipos de elementos da geodiversidade | 3 |
C13 - Potencial para divulgação | 0 | 10 | O público necessita de algum conhecimento geológico para entender os elementos geológicos que ocorrem no sítio | 3 |
C14 - Nível econômico | 0 | 5 | Local de interesse localizado num município com IDH idêntico ao se verifica no estado | 2 |
C15 - Proximidade a zonas recreativas | 0 | 5 | Local de interesse localizado a menos de 5 km de uma zona recreativa ou com atrações turísticas | 4 |
C4 - Segurança | 10 | 10 | Não se aplica. | 0 |
C8 - Beleza cênica | 5 | 15 | Não se aplica. | 0 |
Valor Educativo | 210 | |||
Valor Turístico | 220 |
Classificação do sítio
Relevância: | Geossítio de relevância Nacional |
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Valor Científico: | 300 |
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Valor Educativo: | 210 (Relevância Nacional) |
Valor Turístico: | 220 (Relevância Nacional) |
Risco de Degradação: | 175 (Risco Baixo) |
Recomendação
Urgência à Proteção global: | Necessário a longo prazo |
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Urgência à Proteção devido a atividades didáticas: | Necessário a longo prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades turísticas: | Necessário a longo prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades científicas: | Necessário a longo prazo |
Unidade de Conservação Recomendado: | UC de Proteção Integral - |
Justificativa: |
Coordenadas do polígono de proteção existente ou sugerido
Responsável
Nome: | Paulo Eduardo Santos Lima |
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Email: | padusl.13@gmail.com |
Profissão: | Estudante Engenharia Geológica |
Instituição: | UFOP - Universidade Federal de Ouro Preto, SEE-Sociedade Excursionista Espeleológica |
Currículo Lattes: |