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Vulcanismo de Royal Charlotte, BA
Porto Seguro -
BA , Lat.:
-16.514097214 Long.:
-39.073097229
Última alteração: 31/01/2024 19:45:23
Última alteração: 31/01/2024 19:45:23
Status: Em análise
Geossitio de Relevância Nacional
Valor Científico:
300
Valor Educativo:
345 (Relevância Nacional)
Valor Turístico:
340 (Relevância Nacional)
Risco de Degradação:
370 (Risco Alto)
Identificação
Designação
Nome do Sítio: | Vulcanismo de Royal Charlotte, BA |
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Título Representativo: | O incrível derrame de lavas no litoral brasileiro |
Classificação temática principal: | Vulcanismo |
Classificação temática secundária: | Petrologia |
Registro SIGEP (Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos) com o Nº : | Não |
Sítio pertence a um geoparque ou proposta de geoparque: | Não |
Localização
Latitude: | -16.514097214 |
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Longitude: | -39.073097229 |
Datum: | WGS 84 |
Cota: | 0 m |
Estado: | BA |
Município: | Porto Seguro |
Distrito: | Arraial D'Ajuda |
Local: | Ponta da Pitinga |
Ponto de apoio mais próximo: | Arraial D'Ajuda |
Ponto de referência rodoviária: | Centro do Distrito de Arraial D'Ajuda |
Acesso: | A partir do centro do Vilarejo de Arraial D'Ajuda, pega-se a rua Mucugê e depois a estrada para a Praia da Pitinga. A exposição está ao final da estrada. A exposição pode ser vista no estacionamento das barracas de praia e está ao largo da praia, na Ponta da Pitinga. Os melhores momentos para visão e acesso são nas marés baixas, principalmente durante as sizígias. |
Imagem de identificação
Resumo
Resumo |
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Na Praia da Pitinga, em Arraial D’Ajuda, distrito de Porto Seguro, Bahia, afloram rochas curiosas aos olhos de geólogos e leigos. É que ali ocorrem rochas vulcânicas que mostram estruturas em corda e tubos, similares às vistas no Havaí. De forma análoga, as vulcânicas de Arraial D'Ajuda têm a sua origem relacionada a vulcanismo intraplaca, associado à hotspot. Esse vulcanismo faz parte da Formação Abrolhos, que ocorre nas bacias sedimentares do Espírito Santo, Mucuri, Cumuruxatiba e Jequitinhonha. Ela integra um complexo vulcano-sedimentar do Cenozóico, com idades que vão do Paleoceno ao Eoceno na região de Abrolhos (64 a 42 milhões de anos). Na região de Porto Seguro, a Formação Abrolhos compõe o substrato rochoso do Banco de Royal Charlotte. Uma única datação Rb-Sr em um poço na região, indicou idade de 28 milhões de anos (Eoceno). Tanto em Abrolhos, quanto em Royal Charlotte, o vulcanismo pretérito foi responsável pela fisiografia ampla da plataforma continental e permitiu o estabelecimento de corais e sedimentação carbonática em áreas mais distantes da costa. As características naturais, fizeram com que a região desenvolvesse a maior biodiversidade conhecida até o momento no Atlântico Sul. Os últimos pulsos do vulcanismo em Royal Charlotte são observados em perfil sísmico, atingindo a porção superior do Mioceno. A posição estratigráfica do afloramento da Praia da Pitinga está próxima à base do Grupo Barreiras, aflorante em falésias próximas. Ele provavelmente surgiu, através da exumação por ondas que criaram uma superfície de abrasão marinha, no auge da última transgressão holocênica, há cerca de 5.700 anos. As rochas emergem em uma zona intermarés, e são frequentemente impactadas por ondas durante as marés altas. Trata-se de uma rocha máfica que apresenta significativa intemperização. As estruturas vulcânicas são representadas por cordas e corrugações indicando uma direção predominantemente WNW-ESE e sentido para NNW. Muitas das estruturas em corda desenvolveram tubos, sugerindo a formação de crostas superficiais, as quais mantinham a lava em estado líquido movimentando-se no interior. O sítio em questão apresenta grande importância científica, cultural e didática, pois é um dos poucos afloramentos, se não o único, que exibe tais estruturas na região litorânea brasileira. Além disso, suas características chamam a atenção de turistas que circulam na área, apresentando grande potencial como ponto de interesse geoturístico. Com base nas informações levantadas e ao fato do sítio estar em uma zona onde se pratica turismo de massa, especulação imobiliária e extrativismo, de certa forma predatórios, aconselham-se medidas de proteção, através da criação de unidade de conservação de uso restrito. A despeito de estar cercado por inúmeras unidades de conservação públicas e particulares, além de terras indígenas, as sucessivas administrações estaduais e municipais pouco tem feito para controlar e impedir a degradação do patrimônio natural nesta região. |
Abstract |
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On Pitinga Beach, in Arraial D'Ajuda, a district of Porto Seguro, Bahia, intriguing rocks emerge to the eyes of both geologists and laypeople. In this location, volcanic rocks with rope-like structures and tubes, akin to those seen in Hawaii, are found. Analogously, the volcanic rocks of Arraial D'Ajuda have their origin linked to intraplate volcanism associated with a hotspot. This volcanism is part of the Abrolhos Formation, occurring in the sedimentary basins of Espírito Santo, Mucuri, Cumuruxatiba, and Jequitinhonha. It constitutes a Cenozoic volcanic-sedimentary complex, with ages ranging from Paleocene to Eocene in the Abrolhos region (64 to 42 million years ago). In the Porto Seguro region, the Abrolhos Formation forms the rocky substrate of the Royal Charlotte Bank. A single Rb-Sr dating in a well in the region indicated an age of 28 million years (Eocene). Both in Abrolhos and Royal Charlotte, past volcanism played a crucial role in shaping the broad physiography of the continental shelf, enabling the establishment of corals and carbonate sedimentation in areas farther from the coast. The natural characteristics have led to the development of the highest known biodiversity in the South Atlantic. The latest pulses of volcanism in Royal Charlotte are observed in seismic profiles, reaching the upper part of the Miocene. The stratigraphic position of the outcrop at Pitinga Beach is close to the base of the Barreiras Group, which is exposed in nearby cliffs. It likely emerged through exhumation by waves that created a marine abrasion surface during the peak of the last Holocene transgression, approximately 5,700 years ago. The rocks emerge in an intertidal zone and are frequently impacted by waves during high tides. They are mafic rocks that exhibit significant weathering. The volcanic structures are represented by ropes and corrugations indicating a predominantly WNW-ESE direction and a sense towards NNW. Many of the rope-like structures developed tubes, suggesting the formation of surface crusts that kept the lava in a liquid state moving inside. The site holds significant scientific, cultural, and educational importance as one of the few, if not the only, outcrops displaying such structures in the Brazilian coastal region. Additionally, its features attract tourists in the area, presenting substantial potential as a geotouristic point of interest. Based on the gathered information and the fact that the site is in an area where mass tourism, real estate speculation, and extractivism occur, somewhat predatory in nature, protective measures are advised. This includes the creation of a restricted-use conservation unit. Despite being surrounded by numerous public and private conservation units, as well as indigenous lands, successive state and municipal administrations have done little to control and prevent the degradation of the natural heritage in this region. |
Autores e coautores |
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Caio Vinícius Gabrig Turbay Rangel Violeta de Souza Martins |
Contexto
Geológico
Enquadramento Geológico Geral: |
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Unidade do Tempo Geológico (Eon, Era ou Período): |
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Eon Fanerozóico; Era Cenozóica; Período Paleógeno |
Ambiente Dominante: |
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Tipo de Unidade: | Unidade Litoestratigráfica |
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Nome: | Formação Abrolhos |
Outros: | Rocha extremamente alterada |
Rocha Predominante: | Peperito |
Rocha Subordinada: | Traquiandesito |
Tipo e dimensões do afloramento, contato, espessura, outras informações descritivas do sítio. : |
A rocha aflora em uma superfície de abrasão marinha na região de intermaré, adjacente à praia. O afloramento possui uma área de aproximadamente 8 mil metros quadrados, com volume de de rocha estimado em 14.500 metros cúbicos. A posição do afloramento no contexto geológico local, sugere que ele se posiciona abaixo da pilha litoestratigráfica do Grupo Barreiras, que ocorre nas falésias adjacentes. Tratam-se de peperito, com matriz de composição traquítica a traquiandesítica. apresenta significativa intemperização, conferindo à matriz uma aparência ferruginosa, com pequenos grãos de quartzo submilimétricos destacando-se dela. As estruturas vulcânicas apresentam cordas e corrugações indicando uma direção predominantemente WNW-ESE e sentido para NNW, dado pela vergência das cristas das cordas. Muitas das estruturas em corda desenvolveram tubos, sugerindo a formação de crostas superficiais, as quais mantinham a lava em estado líquido movimentando-se no interior. O sítio também apresenta importância ecológica e ambiental. Junto com cordões de arenitos de praia, formam um substrato duro, que abriga comunidades bentônicas importantes. Isso porque nas suas pequenas poças de maré ocorrem espécies de corais pétreos resilientes às mudanças climáticas e à turbidez da água, associados a algas verdes, equinodermos e esponjas. |
Paleontológico
Local de ocorrência |
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Ramos da Paleontologia: |
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Taxons conhecidos: |
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Caracterização Geológica
Rochas Sedimentares
Ambientes Sedimentares: |
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Ambientes: |
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Tipos de Ambientes: |
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Descontinuidades Estratigráficas: |
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Rochas Ígneas
Categoria: | Vulcânica - Derrame |
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Aspectos Texturais: |
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Estruturas: |
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Rochas Metamórficas
Metamorfismo: |
Facie Metamorfismo: |
Texturas: |
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Estruturas: |
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Deformação das Rochas
Tipo de Deformação: | Rúptil |
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Regime Tectônico: | Extensional |
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Estruturas Lineares: |
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Estruturas Planas: |
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Feições de Relevo
Interesse
Dados
Pelo Conteúdo |
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Interesse associado |
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Pela sua possível utilização |
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Observações
Observações Gerais |
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O Banco de Royal Charlotte é um parte da plataforma continental brasileira ainda relativamente desconhecido, sob o ponto de vista da sua história natural, das características geológicas e dos seus habitats bentônicos. Ele se situa na ecorregião de Abrolhos (Dutra et al. 2011) e faz parte de um complexo geológico vulcânico-sedimentar do Cenozóico (Fainstein e Summerhayes 1982; Gorini e Carvalho 1984; Palma 1984). O vulcanismo regional está associado a hotspots, que formaram também diversos montes submarinos, além de intrusões e estruturas vulcânicas superficiais, identificadas em perfil sísmico desde o Paleógeno (Duarte, 2020). De maneira similar à Abrolhos, o vulcanismo pretérito foi responsável pela fisiografia ampla do banco neste setor do Brasil e permitiu o estabelecimento de uma plataforma carbonática em áreas mais distantes da costa, desde o Eoceno (Duarte, 2020). Atualmente são vistos inúmeros tipos de bioconstruções coralíneas costeiras (bancos recifais adjacentes à costa) e medianas (bancos coralíneos isolados e recifes mesofóticos), além de extensos bancos de rodolitos (Leão et al. 2003; Leão et al. 2019; Negrão et al. 2021). Na parte interna do banco predomina sedimentação terrígena areno-cascalhosos relicta, oriunda principalmente da erosão das falésias da Formação Barreiras, ou areno-lamosa trazida por rios regionais, como o Jequitinhonha e o João de Tiba a norte e o Buranhém, na cidade de Porto Seguro (Leão et al. 2010; Leão et al. 2006). As vulcânicas de Royal Charlotte têm a sua origem relacionada a um vulcanismo intraplaca, associado à hotspot (Fainstein e Summerhayes 1982). Esse vulcanismo faz parte da Formação Abrolhos, presente nas bacias sedimentares do Espírito Santo, Mucuri, Cumuruxatiba e Jequitinhonha. Ela integra um complexo vulcano-sedimentar do Cenozóico, com idades que vão do Paleoceno ao Eoceno (64 a 42 milhões de anos) na região de Abrolhos (Gomes e Suita, 2012). Em Royal Charlotte, as rochas vulcânicas obtidas do poço l-BAS-15, na Bacia de Jequitinhonha, adjacente a Royal Charlotte, foram datadas em 28 ± 0,4 Ma através de análise K/Ar (Almeida et al., 1996). No entanto, imagens sísmicas adquiridas por um perfilador de canhões de ar, revelam numerosos condutos nas margens do banco, sugerindo idade que vai até o Mioceno Superior (Turbay et al. 2024, no prelo). Na Praia da Pitinga e na Praia do Parracho, Arraial D’Ajuda, Bahia, o vulcanismo aflora como derrame, exibindo estruturas semelhantes à cordas, corrugações e tubos de lava, descritas como típicas lavas pahoehoe (Kein, 1999). As estruturas vulcânicas apresentam cordas e corrugações indicando uma direção predominantemente WNW-ESE e sentido para NNW. Muitas das estruturas em corda desenvolveram tubos, sugerindo a formação de crostas superficiais, as quais mantinham a lava em estado líquido movimentando-se no interior (Turbay et al. 2024, no prelo). Trata-se de uma rocha máfica que apresenta significativa intemperização, conferindo à matriz uma aparência de cor ferrugem, com pequenos grãos de quartzo submilimétricos destacando-se dela, assemelhando-se a uma textura clástica. As características texturais sugerem a mistura da lava com sedimentos terrígenos, formando peperito (Turbay et al. 2024, no prelo). As análises geoquímicas de elementos maiores (Al2O3, CaO, MgO, K2O, Fe2O3 e MgO), indicaram um índice de alteração (Nesbitt e Young, 1982) compatível com o trend de rochas basálticas a andesíticas e material muito alterado, na interface com solo residual. A classificação petrológica e as análises petrogenéticas realizadas com elementos imóveis, como Zr, Ti, Y, Nb e elementos terras-raras, indicaram composição traquítica a traqui-andesítica de afinidade intra-placa, com fonte magmática no manto litosférico peridotítico raso, composto por plagioclásio-lherzolito (Turbay et al. 2024, no prelo). A posição estratigráfica do afloramento está próxima à base do Grupo Barreiras, aflorante em falésias próximas. Ele provavelmente surgiu, através da exumação por ondas, que criaram uma superfície de abrasão marinha, no auge da última transgressão holocênica, há cerca de 5.700 anos. As rochas emergem em uma zona intermarés, e são frequentemente impactadas por ondas durante as marés altas (Turbay et al. 2024, no prelo). |
Bibliografia |
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ALMEIDA, F. F. M.; CARNEIRO, C. D. R.; MIZUSAKI, A. M. P. Correlação do magmatismo das bacias da margem continental brasileira com o das áreas emersas adjacentes. Brazilian Journal of Geology, v. 26, n. 3, p. 125–138, 1996. DICKINSON, W. R. et al. Provenance of North American Phanerozoic sandstones in relation to tectonic setting. Geological Society of America Bulletin, v. 94, n. 2, p. 222–235, 1983. DUARTE, R. M. MODELO EVOLUTIVO DA PLATAFORMA DE ABROLHOS DO PALEÓGENO AO NEÓGENO. Dissertação de Mestrado—Vitória: Universidade Federal do Espírito Santo, 2020. FAINSTEIN, R.; SUMMERHAYES, C. P. Structure and origin of marginal banks off eastern Brazil. Marine Geology, v. 46, n. 3–4, p. 199–215, 1982. GOMES, N. S.; SUITA, M. T. DE F. Ocorrência de vulcanismo bimodal de idade terciária na Bacia de Mucuri. B Geoci Petrobras, 2012. KLEIN. O Havaí é aqui? CIÊNCIA HOJE, v. 26, n. 153, p. 65–68, 1999. LEÃO, Z. et al. Status of Eastern Brazilian coral reefs in time of climate changes. Pan-American Journal of Aquatic Sciences, v. 5, n. 2, p. 224–235, 2010. LEÃO, Z.; DUTRA, L. X.; SPANÓ, S. The characteristics of bottom sediments. A Rapid Marine Biodiversity Assessment of Abrolhos Bank, Bahia, Brazil, p. 75–81, 2006. LEÃO, Z. M.; KIKUCHI, R. K.; OLIVEIRA, M. D. The coral reef province of Brazil. Em: World seas: an environmental evaluation. [s.l.] Elsevier, 2019. p. 813–833. LEÃO, Z. M.; KIKUCHI, R. K.; TESTA, V. Corals and coral reefs of Brazil. Em: Latin American coral reefs. [s.l.] Elsevier, 2003. p. 9–52. MCDONOUGH, W. F.; SUN, S.-S. The composition of the Earth. Chemical geology, v. 120, n. 3–4, p. 223–253, 1995. MESCHEDE, M. A method of discriminating between different types of mid-ocean ridge basalts and continental tholeiites with the Nb, Zr, Y diagram. Chemical geology, v. 56, n. 3–4, p. 207–218, 1986. NEGRÃO, F. et al. The first biological survey of the Royal Charlotte Bank (SW Atlantic) reveals a large and diverse ecosystem complex. Estuarine, Coastal and Shelf Science, v. 255, p. 107363, 2021. NESBITT, HW.; YOUNG, G. Early Proterozoic climates and plate motions inferred from major element chemistry of lutites. nature, v. 299, n. 5885, p. 715–717, 1982. PEARCE, J. A. A user’s guide to basalt discrimination diagrams. Trace element geochemistry of volcanic rocks: applications for massive sulphide exploration. Geological Association of Canada, Short Course Notes, v. 12, n. 79, p. 113, 1996. PEARCE, J. A. Geochemical fingerprinting of oceanic basalts with applications to ophiolite classification and the search for Archean oceanic crust. Lithos, v. 100, n. 1–4, p. 14–48, 2008. TURBAY, C.V.G., OLIVA, A.; LEMOS, M.E.; DADALTO, T.; QUADROS, J.P.; QUATRINI, G.; LACERDA, C.E.; NEGRÃO, F. Geological insights on the shelf of Royal Charlotte Bank: new perspectives on the geological history of the Brazilian continental shelf. 2024. No prelo. WINCHESTER, J. A.; FLOYD, P. A. Geochemical discrimination of different magma series and their differentiation products using immobile elements. Chemical geology, v. 20, p. 325–343, 1977. |
Imagens Representativas e Dados Gráficos
Conservação
Unidade de Conservação
Nome da UC | Tipo da UC | Unidade de Conservação | Situação da Uc |
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Proteção Indireta
APP (Área de Proteção Permanente): | Constantemente modificadas e depredadas por empreendedores, com o aval do poder público municipal. |
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Área Indígena: | |
Corredor Ecológico: | |
Mosaico de UCs: | |
Populações tradicionais: | |
Zona de Amortecimento: | PARNA Pau Brasil |
Relatar: | |
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Todas as categorias acima estão próximas, em um raio inferior à 20Km. Algumas a menos de 5Km. |
Uso e Ocupação
Propriedade do Terreno | ||||
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Público / Federal |
Area Rural |
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Area Urbana |
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Fragilidade |
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Razoável |
Dificuldade de Acesso e aproveitamento do solo: |
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Não existe |
Quantificação
Valor Científico (indicativo do valor do conteúdo geocientífico do sítio ou do elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
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A1 - Representatividade | 30 | O local ou elemento de interesse é o melhor exemplo, atualmente conhecido, na área de trabalho, para ilustrar elementos ou processos, relacionados com a área temática em questão (quando aplicável) | 4 |
A3 - Reconhecimento científico | 5 | Existem artigos sobre o local de interesse em revistas científicas nacionais, diretamente relacionados com a categoria temática em questão (quando aplicável) | 2 |
A4 - Integridade | 15 | Os principais elementos geológicos (relacionados com a categoria temática em questão, quando aplicável) estão muito bem preservados | 4 |
A5 - Diversidade geológica | 5 | Local de interesse com 3 ou 4 tipos diferentes de aspectos geológicos com relevância científica | 2 |
A6 - Raridade | 15 | O local de interesse é a única ocorrência deste tipo na área de estudo (representando a categoria temática em questão, quando aplicável) | 4 |
A7 - Limitações ao uso | 10 | Não existem limitações (necessidade de autorização, barreiras físicas, etc.) para realizar amostragem ou trabalho de campo | 4 |
A2 - Local-tipo | 20 | Não se aplica. | 0 |
Valor Científico | 300 |
Risco de Degradação (dos valores geológicos retratados no sítio ou no elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
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B1 - Deterioração de elementos geológicos | 35 | Possibilidade de deterioração de todos os elementos geológicos | 4 |
B2 - Proximidade a áreas/atividades com potencial para causar degradação | 20 | Local de interesse situado a menos de 100 m de área/atividade com potencial para causar degradação | 4 |
B3 - Proteção legal | 20 | Local de interesse situado numa área sem proteção legal nem controle de acesso | 4 |
B4 - Acessibilidade | 15 | Local de interesse localizado a menos de 100 m de uma estrada asfaltada com local para estacionamento de veículos | 4 |
B5 - Densidade populacional | 10 | Local de interesse localizado num município com menos de 100 habitantes por km2 | 1 |
Risco de Degradação | 370 |
Potencial Valor Educativo e Turístico (indicativo de interesse educativo e turístico associado ao valor científico do sítio, sujeito à análise complementar dos setores competentes)
Ítem | P.E | P.T | Resposta | Valor |
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C1 - Vulnerabilidade | 10 | 10 | Possibilidade de deterioração de todos os elementos geológicos por atividade antrópica | 1 |
C2 - Acesso rodoviário | 10 | 10 | Local de interesse localizado a menos de 100 m de uma estrada asfaltada com local para estacionamento de veículos | 4 |
C3 - Caracterização do acesso ao sítio | 5 | 5 | O local de interesse é acessado sem limitações por estudantes e turistas | 4 |
C4 - Segurança | 10 | 10 | Local de interesse com infraestrutura de segurança (vedações, escadas, corrimões, etc.), rede de comunicações móveis e situado a menos de 10 km de serviços de socorro | 4 |
C5 - Logística | 5 | 5 | Existem restaurantes e alojamentos para grupos de 50 pessoas a menos de 15 km do local de interesse | 4 |
C6 - Densidade populacional | 5 | 5 | Local de interesse localizado num município com menos de 100 habitantes por km2 | 1 |
C7 - Associação com outros valores | 5 | 5 | Existem diversos valores ecológicos e culturais a menos de 10 km do local de interesse | 4 |
C8 - Beleza cênica | 5 | 15 | Local de interesse habitualmente usado em campanhas turísticas do país, mostrando aspectos geológicos | 4 |
C9 - Singularidade | 5 | 10 | Ocorrência de aspectos únicos e raros no país | 4 |
C10 - Condições de observação | 10 | 5 | A observação de todos os elementos geológicos é feita em boas condições | 4 |
C11 - Potencial didático | 20 | 0 | Ocorrência de elementos geológicos que são ensinados em todos os níveis de ensino | 4 |
C12 - Diversidade geológica | 10 | 0 | Ocorrem 3 ou 4 tipos de elementos da geodiversidade | 3 |
C13 - Potencial para divulgação | 0 | 10 | Ocorrência de elementos geológicos que são evidentes e perceptíveis para todos os tipos de público | 4 |
C14 - Nível econômico | 0 | 5 | Local de interesse localizado num município com IDH inferior ao se verifica no estado | 1 |
C15 - Proximidade a zonas recreativas | 0 | 5 | Local de interesse localizado a menos de 5 km de uma zona recreativa ou com atrações turísticas | 4 |
Valor Educativo | 345 | |||
Valor Turístico | 340 |
Classificação do sítio
Relevância: | Geossítio de relevância Nacional |
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Valor Científico: | 300 |
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Valor Educativo: | 345 (Relevância Nacional) |
Valor Turístico: | 340 (Relevância Nacional) |
Risco de Degradação: | 370 (Risco Alto) |
Recomendação
Urgência à Proteção global: | Necessário a curto prazo |
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Urgência à Proteção devido a atividades didáticas: | Necessário a curto prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades turísticas: | Necessário a curto prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades científicas: | Necessário a curto prazo |
Unidade de Conservação Recomendado: | UC de Proteção Integral - Monumento Natural |
Justificativa: | Turismo predatório de massa / extrativismo predatório de polvo e ouriços para restaurantes locais. Necessidade urgente de proteção |
Coordenadas do polígono de proteção existente ou sugerido
Ponto 1: | Latitude: -16.514646847391038 e Longitude: -39.075407981872566 |
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Ponto 2: | Latitude: -16.513741656111588 e Longitude: -39.07423853874207 |
Ponto 3: | Latitude: -16.50637653313249 e Longitude: -39.07304763793945 |
Ponto 4: | Latitude: -16.494855107721598 e Longitude: -39.068927764892585 |
Ponto 5: | Latitude: -16.489258739231143 e Longitude: -39.067211151123054 |
Ponto 6: | Latitude: -16.48267456914187 e Longitude: -39.06772613525391 |
Ponto 7: | Latitude: -16.47493788321538 e Longitude: -39.06360626220704 |
Ponto 8: | Latitude: -16.479547009916406 e Longitude: -39.05502319335938 |
Ponto 9: | Latitude: -16.51575775816627 e Longitude: -39.05639648437501 |
Justificativas e explicações sobre a delimitação sugerida para o sítio: |
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Responsável
Nome: | Caio Vinícius Gabrig Turbay Rangel |
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Email: | actaterrae@gmail.com |
Profissão: | Geólogo, Professor Pesquisador |
Instituição: | Universidade Federal do Sul da Bahia - UFSB |
Currículo Lattes: | http://lattes.cnpq.br/5332804895294756 |