Registro SIGEP (Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos) com o Nº :
Não
Sítio pertence a um geoparque ou proposta de geoparque:
Sim (Serra do Sincorá - BA)
Localização
Latitude:
-12.526820183
Longitude:
-41.490558624
Datum:
Córrego Alegre
Cota:
998 m
Estado:
BA
Município:
Palmeiras
Distrito:
Caeté Açu
Local:
Caeté Açu - Vale do Capão
Ponto de apoio mais próximo:
Palmeiras
Ponto de referência rodoviária:
BA-242 e BA-849
Acesso:
Em direção a oeste para a cidade de Seabra, na BA-242 trata-se do próximo entrocamento após o acesso a cidade de Lençóis. Vira a esquerda na BA-849 para Palmeiras e depois da cidade, via acesso das localidades de Rio Grande e Conceição dos Gatos, para o Vale do Capão, distrito de Caeté Açu. Próximo ao distrito de Caeté-Açu, toma-se a direita (exsite uma placa) e após cerca de 3km, é possível estacionar o carro. Começa-se, então, trilha de moderado nível de dificuldade até o pé do Morrão. A partir daí, a trilha aumenta de nível de dificuldade, tendo alguns trechos de escalaminhada até o topo. Há também a Cachoeira de Águas Claras, que se encontra atrás do Morrão.
Imagem de identificação
Resumo
Resumo
O Monte Tabor, vulgarmente conhecido como Morrão, está localizado dentro dos limites do município de Palmeiras, próximo do distrito de Caeté-Açu (Capão) e, juntamente com o Morro do Pai Inácio, consiste em um dos principais ícones da paisagem da Chapada Diamantina. Este morro está inserido dentro dos limites do Parque Nacional da Chapada Diamantina, porém não existe qualquer medida de controle de acesso ao local. O acesso ao morro em si é feito através de trilha longa, de dificuldade elevada, de modo que o sítio é visitado apenas por pessoas interessadas em turismo de aventura. Considerando as dificuldades inerentes de acesso, o geossítio foi marcado em um local à beira da estrada Palmeiras - Capão, fora da área do Parque Nacional, onde se tem uma boa visibilidade do morro e do vale onde ele se insere.
De acordo com Pedreira (2002), o Morrão é mais um belo testemunho da história geológica da Chapada Diamantina. Segundo este autor, esta geoforma está cravada no meio do Anticlinal do Pai Inácio, situa-se cerca de 10 km, em linha reta, a sul do Morro do Pai Inácio, tem uma altura de aproximadamente de 210 m e 1.418 m de altitude.
O Morrão se enquadra na categoria temática das Coberturas Mesoproterozóicas e consiste em um morro testemunho, cuja origem foi condicionada por fraturas com atitudes N60W/Subverticais e N60E/Subverticais, instaladas na charneira do Anticlinal do Pai Inácio, e pelo contato das rochas do Grupo Chapada Diamantina (arenitos) com as rochas subjacentes do Grupo Paraguaçu (arenitos, siltitos e argilitos).
Abstract
Monte Tabor, commonly known as Morrão, is located within the limits of the municipality of Palmeiras, close to the district of Caeté-Açu (Capão) and, together with Morro do Pai Inácio, is one of the main icons of the Chapada Diamantina landscape. . This hill is located within the limits of Chapada Diamantina National Park, but there is no access control measure to the site. Access to the hill itself is via a long trail, of high difficulty, so that the site is only visited by people interested in adventure tourism. Considering the inherent difficulties of access, the geosite was marked in a location along the Palmeiras - Capão road, outside the National Park area, where there is good visibility of the hill and the valley where it is inserted.
According to Pedreira (2002), the Morrão is another beautiful testimony of the geological history of Chapada Diamantina. According to this author, this geoform is embedded in the middle of the Pai Inácio Anticline, it is located about 10 km, in a straight line, south of the Pai Inácio Hill, has a height of approximately 210 m and 1,418 m of altitude.
The Morrão falls within the thematic category of Mesoproterozoic Covers and consists of a witness hill, whose origin was conditioned by fractures with N60W/Subvertical and N60E/Subvertical attitudes, installed in the hinge of the Pai Inácio Anticline, and by the contact of the rocks of the Chapada Group. Diamantina (sandstones) with the underlying rocks of the Paraguaçu Group (sandstones, siltstones and claystones).
Autores e coautores
Ricardo Galeno Fraga de Araújo Pereira
Violeta de Souza Martins (Cadastro)
Ramon Borges Nolasco Oliveira UFBA (Co-autor)
Tipo e dimensões do afloramento, contato, espessura, outras informações descritivas do sítio.
:
O morro do Capão ou o monte Tabor, é um morro testemunho que localiza-se em um vale extenso próximo a cidade do Capão, distrito de Caeté Açu, no município de Palmeiras.
A trilha que sai do Capão para o conhecido "Morrão" é de 13 km em direção norte paralela as Serras do Cristal e Fumaça.
Esta elevação assim como os morros do Pai Inácio e Camelo, feições geomorfológicas, ícones da área da chapada, estão inseridos dentro dos limites do Parque Nacional da Chapada Diamantina/Apa Marimbus Iraquara sem controle de acesso de visitantes por meio dessas unidades de conservação.
Segundo Pedreira, 2002 esta geoforma está cravada no meio do Anticlinal do Pai Inácio, situando-se a cerca de 10 km, em linha reta, a sul do Morro do Pai Inácio com uma altitude de aproximadamente de 210 m e 1.418 m de altitude. Sua origem foi condicionada por fraturas com atitudes N60W/Subverticais e N60E/Subverticais, instaladas na charneira do Anticlinal do Pai Inácio.
O anticlinal do Pai Inácio constitui uma extensa janela erosional com até 25 km de largura, que expõe no seu interior rochas sedimentares do Grupo Paraguaçu, sobre as quais estão os arenitos e conglomerados do Grupo Chapada Diamantina. Marca o contato das rochas do Grupo Chapada Diamantina (arenitos) com as rochas subjacentes do Grupo Paraguaçu metaritmitos (arenitos, siltitos e argilitos) representando as litologias mesoproterozoicas e paleoproterozoicas das Coberturas do Supergrupo Espinhaço.
Local: Piemonte de escarpa da Serra Geral. Mun. de Timbé do Sul (SC).
Foto: Marcelo Eduardo Dantas.
FR1e - Rampas de Tálus (cones de dejeção):
Superfícies deposicionais fortemente inclinadas (10° a 25°) constituídas por depósitos de encosta, de matriz areno-argilosa a argilo-arenosa, rica em blocos, muito mal selecionados, em interdigitação com depósitos praticamente planos dos fundos de vales. Ocorrem, de forma disseminada, nos sopés das vertentes íngremes de zonas montanhosas ou escarpadas.
FR5e - Cachoeiras
Local: Cachoeira do Véu da Noiva, Parque Nacional da Chapada dos Guimarães (MT)
Foto: Gilberto Scislewski
FR5e - Cachoeiras:
Sinônimo de catarata, salto, ou cascata. Queda d’água no curso de um rio, ocasionada pela existência de um degrau no perfil longitudinal do mesmo, podendo ser de menos de 10 metros até várias centenas de metros. Pode ser denominado de nível de base local ou knickpoint. Sua ocorrência pode estar associada ao afloramento de rochas mais resistentes ao intemperismo e erosão ou às reativações tectônicas de planos de falha transversais ao curso do rio.
FR7c1 - Escarpas erosivas
Local: Escarpa da Serra do Mar. Mun. de Angra dos Reis e Paraty (RJ).
Foto: Marcelo Eduardo Dantas
FR7c1 - Escarpas erosivas:
Relevo montanhoso caracterizado por um desnível abrupto cujo traçado, geralmente sinuoso, é nitidamente relacionado ao trabalho de erosão regressiva proporcionada pela dissecação fluvial.
FR7c2 - Escarpas estruturais
Local: Serra de Miguel Inácio, Planalto do Distrito Federal.
Foto: Marcelo Eduardo Dantas
FR7c2 - Escarpas estruturais:
Relevo montanhoso caracterizado por um desnível abrupto cujo traçado coincide com o plano de falha que originou tal desnivelamento. Trata-se, portanto, de uma feição resultante do deslocamento vertical ou horizontal de blocos falhados. Também denominada de escarpa tectônica.
FR11b - Morro
Local: Vale do rio Fagundes entre as localidades de Paty dos Alferes e Petrópolis (RJ)
Foto: Marcelo Eduardo Dantas
FR11b - Morro:
Feição topográfica que consiste num monte pouco elevado, com topos convexos e vertentes, cuja declividade varia entre 10 e 30 graus; as amplitudes de relevo variando entre 100 e 200m de altura.
Ilustração
Panorama do Morro do Capão. Foto: Violeta de Souza Martins, 2020.
Vista do Morro do Capão, central no extenso vale, com a Serra do Cristal a esquerda. Foto: Violeta de Souza Martins,...
Morro do Capão retratando o contato das duas litologias paleoproterozoica na base e mesoproterozoica no topo.Foto:...
Aspecto das diferenças das litologias mais argilo arenítica, Guiné/Açuruá na base e mais arenítica no topo, Tombador...
PEDREIRA, A. J.; BOMFIM F.C. Morro do Pai Inacio, BA. Marco morfológico da Chapada Diamantina (SIGEP 72). In: SCHOBBENHAUS, C. et al. (Ed.) Sitios Geológicos e Paleontológicos do Brasil. Brasília. DNPM/CPRM/SIGEP, 2002. p.307-312.
PEREIRA, R.G. F. A, Geoparks: Pathways to Internalize Sustainble Development in State of Bahia, Brazil, Revista Geoheritage, 2022.
PEREIRA, R.G.F.A. Geoconservação e Desenvolvimento Sustentável na Chapada Diamantina (Bahia-Brasil). 2010. 295f. Tese (Doutorado) - Escola de Ciências, Universidade do Minho, Braga.
PEREIRA R.G.F de A, ROCHA A.J.D, PEDREIRA A.J (2017) Geoparque Serra do Sincorá, BA: Proposta. Serviço Geológico do Brasil – CPRM. Salvador/BA - Brasil. http://rigeo.cprm.gov.br/jspui/ handle/doc/18230, acesso em 08/06/2022
Imagens Representativas e Dados Gráficos
Início da trilha do Morro do Capão, Morrão .Foto: Violeta de Souza Martins, 2020
Sinalização de área protegida mas sem controle de acesso a área do Morro do Capão.Foto: Violeta de Souza Martins, 2020.
Vista da área sul do interior da anticlinal do Pai Inácio representada pelo testemunho do Morro do Capão. Foto:...
Valor Científico (indicativo do valor do conteúdo geocientífico do sítio ou do elemento geológico)
Ítem
Peso
Resposta
Valor
A1 - Representatividade
30
O local ou elemento de interesse é um bom exemplo para ilustrar elementos ou processos, relacionados com a área temática em questão (quando aplicável)
2
A3 - Reconhecimento científico
5
É um sítio já aprovado pela SIGEP e/ou existem artigos sobre o local de interesse em livro, em revistas científicas internacionais...
4
A4 - Integridade
15
Os principais elementos geológicos (relacionados com a categoria temática em questão, quando aplicável) estão muito bem preservados
4
A5 - Diversidade geológica
5
Local de interesse com 5 ou mais tipos diferentes de aspectos geológicos com relevância científica
4
A6 - Raridade
15
Existem, na área de estudo, 2-3 exemplos de locais semelhantes (representando a categoria temática em questão, quando aplicável)
2
A7 - Limitações ao uso
10
É possível fazer amostragem ou trabalho de campo depois de ultrapassar as limitações existentes
2
A2 - Local-tipo
20
Não se aplica.
0
Valor Científico
210
Risco de Degradação (dos valores geológicos retratados no sítio ou no elemento geológico)
Ítem
Peso
Resposta
Valor
B1 - Deterioração de elementos geológicos
35
Existem reduzidas possibilidades de deterioração dos elementos geológicos secundários
1
B2 - Proximidade a áreas/atividades com potencial para causar degradação
20
Local de interesse situado a mais de 1000 m de área/atividade com potencial para causar degradação
1
B3 - Proteção legal
20
Local de interesse situado numa área com proteção legal, mas sem controle de acesso
2
B4 - Acessibilidade
15
Local de interesse sem acesso direto por estrada mas situado a menos de 1 km de uma estrada acessível por veículos
1
B5 - Densidade populacional
10
Local de interesse localizado num município com menos de 100 habitantes por km2
1
Risco de Degradação
120
Potencial Valor Educativo e Turístico (indicativo de interesse educativo e turístico associado ao valor científico do sítio, sujeito à análise complementar dos setores competentes)
Ítem
P.E
P.T
Resposta
Valor
C1 - Vulnerabilidade
10
10
Os elementos geológicos do local de interesse não apresentam possibilidade de deterioração por atividades antrópicas
4
C2 - Acesso rodoviário
10
10
Local de interesse acessível por veículo em estrada não asfaltada
2
C3 - Caracterização do acesso ao sítio
5
5
O local de interesse é acessado sem limitações por estudantes e turistas
4
C5 - Logística
5
5
Existem restaurantes e alojamentos para grupos de 50 pessoas a menos de 15 km do local de interesse
4
C6 - Densidade populacional
5
5
Local de interesse localizado num município com menos de 100 habitantes por km2
1
C7 - Associação com outros valores
5
5
Existem diversos valores ecológicos e culturais a menos de 20 km do local de interesse
3
C8 - Beleza cênica
5
15
Local de interesse ocasionalmente usado em campanhas turísticas do país, mostrando aspectos geológicos
3
C9 - Singularidade
5
10
Ocorrência de aspectos únicos e raros na região
2
C10 - Condições de observação
10
5
A observação de todos os elementos geológicos é feita em boas condições
4
C11 - Potencial didático
20
0
Ocorrência de elementos geológicos que são ensinados no ensino superior
1
C12 - Diversidade geológica
10
0
Ocorrem mais de 5 tipos de elementos da geodiversidade (mineralógicos, paleontológicos, geomorfológicos, etc.)
4
C13 - Potencial para divulgação
0
10
Os elementos geológicos que ocorrem no sítio apenas são evidentes e perceptíveis para quem possui graduação em geociências
1
C14 - Nível econômico
0
5
Local de interesse localizado num município com IDH inferior ao se verifica no estado
1
C15 - Proximidade a zonas recreativas
0
5
Local de interesse localizado a menos de 15 km de uma zona recreativa ou com atrações turísticas
2
C4 - Segurança
10
10
Não se aplica.
0
Valor Educativo
245
Valor Turístico
230
Classificação do sítio
Relevância:
Geossítio de relevância Nacional
Valor Científico:
210
Valor Educativo:
245 (Relevância Nacional)
Valor Turístico:
230 (Relevância Nacional)
Risco de Degradação:
120 (Risco Baixo)
Recomendação
Urgência à Proteção global:
Necessário a médio prazo
Urgência à Proteção devido a atividades didáticas:
Necessário a médio prazo
Urgência à Proteção devido a atividades turísticas:
Necessário a médio prazo
Urgência à Proteção devido a atividades científicas:
Necessário a médio prazo
Unidade de Conservação Recomendado:
UC de Proteção Integral -
Justificativa:
Coordenadas do polígono de proteção existente ou sugerido
Ponto 1:
Latitude: -12.521678395501635 e Longitude: -41.48922443389893
Ponto 2:
Latitude: -12.521678395501635 e Longitude: -41.48905277252198
Ponto 3:
Latitude: -12.522558179799336 e Longitude: -41.4880657196045
Ponto 4:
Latitude: -12.52360553814628 e Longitude: -41.48707866668702
Ponto 5:
Latitude: -12.525700242081651 e Longitude: -41.48510456085206
Ponto 6:
Latitude: -12.533785639664545 e Longitude: -41.487894058227546
Ponto 7:
Latitude: -12.526496225116285 e Longitude: -41.49527549743653
Justificativas e explicações sobre a delimitação sugerida para o sítio: